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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

AUSÊNCIA DE CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA PELO MRC E PELO HANDGRIP DE PREENSÃO PALMAR EM POPULAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR INTERNADA EM ENFERMARIA DE HOSPITAL TERCIÁRIO

Giulliano Gardenghi, Jaqueline A. A. Spadari , Nathalia de O. F. Mendes, Helena Carreira, Jéssica S. dos Anjos , Nathaly G. Garcia
Hospital e Mat. São Cristóvão - São Paulo - SP - Brasil, Hospital ENCORE - Ap. de Goiânia - GO - Brasil

Introdução: A fraqueza muscular relaciona-se a fatores de risco cardiovascular prévios e à restrição no leito. A avaliação de força em pacientes internados é imprescindível para que se estabeleça o diagnóstico funcional. Existem diversas ferramentas para que se avalie a força no ambiente hospitalar. Objetivo: Verificar se há correlação entre os resultados da avaliação da força pela escala do Medical Research Council (MRC) e pelo handgrip (HG) de preensão palmar em indivíduos com risco cardiovascular internados em enfermaria. Métodos: A avaliação da força muscular foi realizada pela escala MRC e o HG de preensão palmar foi avaliado pelo dinamômetro (SAEHAN - SH 5002®). Para avaliação da preensão palmar os participantes estavam sentados, com a coluna ereta, ombro posicionado em adução e rotação neutra, cotovelo fletido a 90°, antebraço em meia pronação e punho na posição neutra. Foram submetidos a 3 tentativas de contração voluntária máxima no membro superior dominante, com intervalo de 2 minutos. A avaliação de força utilizando a escala MRC foi feita por meio de movimentos articulares (abdutores de ombro, flexores de cotovelo, extensores de punho, flexores de quadril, extensores de joelho e dorsiflexores de tornozelo) contra resistência manual do avaliador, variando a pontuação de 0 a 5, sendo 0 a ausência de contração e 5 a maior força muscular. Os dados são apresentados como média e desvio padrão. A correlação de Pearson foi usada e assumiu-se a significância em 5%. Resultados: 44 pacientes (id: 54±22 anos; IMC: 29±8 Kg/m2; 56,8% feminino, internação: 8±7 dias) foram avaliados. Todos possuíam comorbidades relacionadas ao maior risco cardiovascular como hipertensão, diabetes e outras. Não houve correlação entre os valores MRC e HG de preensão palmar (R²:0,37; p:0,61). Em nossa amostra 15% não foram capazes de realizar o MRC e 0,2%, o HG de preensão palmar. Ao avaliarmos o HG em relação ao predito, encontraram-se valores inferiores ao esperado (HG obtido: 25±14 vs. predito: 30±8 Kgf, p: 0,00). Os valores de MRC foram de 54±6 pontos, sendo que 91,9% dos indivíduos foram classificados como normais, 2,7% como fraqueza e 5,4% como fraqueza severa. Pelo HG, 76,7% foram classificados como fracos e 23,3% como normais. Conclusão: Não houve correlação entre os valores de MRC e HG de preensão palmar na presente amostra. Tal achado sugere que não se deve realizar o diagnóstico funcional com base em apenas um instrumento de avaliação, pela grande variação entre os resultados obtidos nas duas técnicas ora estudadas.

 
 
 
 

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