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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Comparação dos resultados de aterectomia rotacional e litotripsia intravascular para tratamento de lesões coronarianas calcificadas

Stefano Garzon, Felipe Bezerra, Guy Prado, José Mariani, Adriano Caixeta, Breno Almeida, Rodrigo Albanez, Marcio Rezende, Pedro Lemos
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - - SP - BRASIL

Introdução: lesões calcificadas representam um grande obstáculo para o sucesso das intervenções coronárias percutâneas (ICP). Atualmente, a aterectomia rotacional (AR) e a litotripsia intracoronária (LIC) são dispositivos eficazes e disponíveis para tratar essas lesões. No entanto, estudos comparando essas duas tecnologias ainda são raros. 

Métodos: pacientes submetidos a AR ou LIC e IVUS entre janeiro de 2018 e outubro de 2022. Todos os pacientes deveriam apresentar pelo menos 1 lesão coronariana de novo com > 70% de estenose com calcificação angiográfica moderada a importante e imagens de IVUS automatizadas de todo o vaso antes e após o implante do stent. De um total de 43 pacientes, 25 pacientes (12 no grupo LIC e 13 no grupo AR) preencheram esses critérios. Adotamos os critérios de IVUS do ULTIMATE trial para definir implantação ideal do stent: área luminal mínima (ALM) no segmento com stent > 5,0 mm2 ou 90% do MLA no segmento de referência distal, com carga de placa < 50% em 5 mm proximal ou distal à borda do stent e sem dissecção de borda envolvendo a média com comprimento > 3 mm. 

Resultados: não houve diferenças no diâmetro de referência proximal ou distal, comprimento da placa, comprimento do cálcio, arco máximo de cálcio, número ou comprimento dos stents implantados entre os dois grupos. A ALM pré-stent foi de 3,09 mm2 [2,28; 3,83] no grupo AR contra 2,74 mm2 [2,31; 3,63] no grupo LIC (p 0,894). A ALM final (pós-stent) no grupo AR foi de 5,24 mm2 [4,5; 6,18] contra 7,54 mm2 [5,81; 8,57] no grupo LIC (p 0,010). O aumento de ALM no grupo AR foi de 167,3% [145,2; 213,4] contra 267,4% [177,6; 313,9] no grupo LIC (p 0,026). No grupo AR, 70% dos pacientes alcançaram os critérios ULTIMATE de implantação bem-sucedida do stent contra 100% dos pacientes no grupo LIC (p 0,036).

Conclusões: A LIC parece ser mais eficaz na preparação de lesões coronárias fortemente calcificadas quando comparada com a AR. As lesões tratadas com LIC apresentaram maior ALM após o implante de stent e eram mais propensas a atingir os critérios do IVUS de implantação bem-sucedida do stent quando comparadas às lesões tratadas com AR.

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