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Condicionamento cardíaco com diferentes volumes de treinamento físico previamente ao infarto do miocárdio em ratas

André Rodrigues Lourenço Dias, Ednei Luiz Antônio, Larissa Emília Seibt, Andrey Jorge Serra
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: Em modelo animal, o treinamento físico (TF) tem se demonstrado efetivo em condicionar o coração previamente ao infarto do miocárdio (IM), atenuando os danos causados pela isquemia cardíaca. Porém,  não há evidências disponíveis sobre qual o volume de TF que maximiza a cardioproteção contra o IM. Métodos: Um total de 114 Ratas da linhagem Wistar-EPM (8 semanas) foram separadas em cinco grupos: SHAM: ratas submetidas à cirurgia simulada de IM e não-treinadas; IM: ratas submetidas à cirurgia de IM e não-treinadas; T60: ratas treinadas 60 min por sessão e submetidas à cirurgia de IM; T90: ratas treinadas 90 min por sessão e submetidas à cirurgia de IM; T180: ratas treinadas 180 min por sessão e submetidas à cirurgia de IM. O protocolo de TF consistiu de natação e teve duração de oito semanas (5 sessões por semana e carga de 4% do peso corporal). Entre 1-2 dias após a última sessão de TF se realizou teste de consumo de oxigênio pico em esteira. Oclusão da artéria coronaria interventricular anterior foi realizada 4 dias após a última sessão de TF. Entre o 6º e 7º dia após o IM se realizou exame ecocardiográfico e avaliação hemodinâmica do VE. Resultados:  O consumo de oxigênio pico foi maior nos grupos que realizaram treinamento comparado ao grupo de animais não-treinados. Não houve diferença estatística entre os grupos para a mortalidade após IM: 10%, 29%, 27% e 27%  para os grupos IM, T60, T90, e T180, respectivamente. Não houve diferença entre os grupos para o tamanho do IM. A área do VE em diástole foi maior nos animais treinados comparado aos grupos SHAM e IM. A área do VE em sístole foi menor e a fração de encurtamento da área de secção transversa do VE foi maior no grupo SHAM comparado aos quatro grupos de animais infartados. A massa do VE foi maior para o grupo T180 comparado aos grupos SHAM e IM. A pressão sistólica do VE foi maior nos grupos SHAM e T180 comparado ao grupo T60. A pressão diastólica final do VE foi maior nos grupos IM, T90 e T180 comparado ao grupo SHAM. A derivada positiva de maior valor da pressão do VE foi menor no grupo T90 comparado ao grupo SHAM. A derivada negativa de menor valor da pressão do VE foi maior nos quatro grupos de animais infartados comparados ao grupo SHAM. Conclusões: O volume de TF de 180 min por sessão foi mais eficiente para induzir hipertrofia cardíaca e preservar a pressão sistólica do VE. Contudo, nenhum dos volumes de TF foram efetivos em reduzir o tamanho do IM, além de uma tendência de maior mortalidade nos animais treinados, apesar da difrença não ser estatisticamente significante.

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