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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Cardiopatia congênita complexa como preditor independente de mortalidade independente da detecção e cuidado pré-natal

Stella N. Tanaka, Maria P. L. Chiquillo, Lana Kummer, Ana C. A. V. de Castro, Haroldo T. de Carvalho, Meliza G. Roscani
Hospital Universitário - UFSCar - São Carlos - SP - Brasil, Universidade Federal de São Carlos - São Carlos - SP - Brasil

Introdução: Apesar dos avanços no diagnóstico de cardiopatia congênitas no período pré-natal, acredita-se que ainda há elevadas taxas de mortalidade relacionada a cardiopatias congênitas complexas. Objetivo: Avaliar se a presença de cardiopatia congênita complexa, detectada por meio de ecocardiografia fetal (ECO), pode ser considerada preditor independente de mortalidade no período de seguimento até 6 meses de vida. Métodos: Estudo prospectivo longitudinal (coorte) em gestantes consecutivas que realizaram ECO e aceitaram participar do estudo. Foram realizados ECOs para avaliação de presença de cardiopatias congênitas (CC) complexas. Cardiopatias simples como comunicação interatrial (CIA) ou interventricular (CIV) pequenas, estenose valvar pulmonar discreta e ECOs normais foram considerados como um grupo de baixa complexidade. Se detectada CC complexa, a gestante foi referenciada para serviço de pré-natal com retaguarda de terapia intensiva e cirurgia cardíaca infantil. Foi realizado contato telefônico no período pós natal até os 6 meses de vida ou até o óbito do recém nascido. A análise estatística foi realizada para cálculo do risco relativo de óbito dos portadores de CC complexa e também curvas de Kaplan Meyer considerando presença ou ausência de CC complexa foram analisadas por meio do teste de Log-Rank. Resultados: Foram consideradas elegíveis 219 pacientes para o estudo, das quais 73 aceitaram participar e preencheram o termo de consentimento. Destas, 16 perderam o seguimento e 57 pacientes foram acompanhadas. Foram detectadas 12 (21%) CC complexas, das quais 4 (33.3%) eram hipoplasia do coração esquerdo, 1 (8.3%) dupla via de saída do ventrículo direito, 1 (8.3%) CIV grande, 1 (8.3%) CIA e CIV grande, 2 (16.7%) defeitos do septo atrioventricular e 3 (25%) Tetralogias de Fallot. Houve diferença significativa nas curvas de sobrevida na presença ou ausência de CC até 6 meses de vida (Log-Rank; p<0,001). Na análise de regressão múltipla nenhum outro fator foi associado ao maior risco de óbito. Conclusão: Apesar dos avanços na detecção precoce de cardiopatia congênita e encaminhamento para serviço de referência ainda há altas necessidade de maior estratégias na saúde pública e nas estratégias de cirurgia para melhorar a curva de sobrevida desses pacientes.

Gráfico 1 - Análise de Sobrevida

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