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Comparação dos preditores da rigidez arterial em mulheres na perimenopausa e na pós-menopausa

Gleisy Kelly Neves Gonçalves, Thaize Prates Ferreira, Marcio Alexandre Hipólito Rodrigues, Maria da Glória Rodrigues-Machado
Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil, Universidade Federal de Minas Gerais - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil

Introdução: A transição hormonal que ocorre da peri para a pós menopausa caracteriza-se por maiores níveis de progesterona e menores de estradiol, levando a alterações vasculares associadas a doenças cardiovasculares. Neste estudo, investigamos as alterações nos índices de rigidez arterial que se iniciam na perimenopausa e avaliamos como tais parâmetros se comportam na pós-menopausa. Métodos: O estudo foi avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (número CAAE: 30619520.2.0000.5134). Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva e comparativa com 70 mulheres saudáveis [27 na perimenopausa (49,8±3,8 anos) e 43 na pós-menopausa (55,7±4 anos)]. Os parâmetros de rigidez arterial foram medidos pelo monitor de análise de onda de pulso Mobil-O-Graph (Mobil-O-Graph, IEM, Stolberg, Alemanha). Análise estatística: Testes paramétricos (teste t de student) e não paramétricos (Mann Whitney) foram utilizados para comparar variáveis quantitativas. Para as variáveis categóricas foi utilizado o teste qui-quadrado ou teste exato de Fisher. A análise dos dados foi realizada no software SPSS versão 25.0. Em todos os testes estatísticos foi considerado nível de significância de 5%. Resultados: Índice de Massa Corporal (IMC), relação cintura-quadril e nível de atividade física foram semelhantes entre os grupos perimenopausa e pós-menopausa (p>0,05). A velocidade da onda de pulso (VOP) foi  maior no grupo pós-menopausa [8,04 (DP 0,79) vs 7,01 (DP 0,78), p<0,001) e foi fortemente correlacionada com a pressão arterial sistólica (PAS) periférica (r=0,619) e central (r=0,632). Uma correlação ainda mais forte foi observada no grupo perimenopausa (r=0,779 PAS periférica e 0,782 PAS central). O tempo de menopausa não foi preditor de risco cardiovascular no grupo pós-menopausa, assim como a idade em ambos os grupos. IMC foi um preditor de risco apenas no grupo perimenopausa, contribuindo positivamente para maior Amplificação da Pressão de Pulso (APP) (0,458, p<0,05). Em mulheres na pós-menopausa, a frequência cardíaca foi um preditor mais forte para PAS central, débito cardíaco e resistência vascular total (RVT), enquanto que para mulheres na perimenopausa, a frequência cardíaca influenciou a PAD central e a APP. Conclusões: As alterações vasculares iniciam-se nos anos anteriores à menopausa e promovem a manutenção da progressão das alterações cardiovasculares na pós-menopausa. O aumento da VOP na pós-menopausa é o resultado de alterações que ocorrem na perimenopausa com forte associação com as pressões sistólicas central e periférica.

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