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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

A espessura da parede da aorta se correlaciona com a eficiência dos barorreceptores e a ajustes hemodinâmicos em fêmeas com aterosclerose

Bruno Nascimento-Carvalho, Bruno Durante da Silva, Adriano Dos-Santos, Maikon Barbosa da Silva , Thayna Fabiana Ribeiro, Danielle da Silva Dias, Leandro Eziquiel de Souza, Sergio Catanozi, Iris Callado Sanches, Maria Claudia Irigoyen
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, Universidade São Judas - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: A progressão da aterosclerose induz ajustes vasculares, hemodinâmicos e no controle autonômico cardiovascular. Adicionalmente, sabe-se que o treinamento físico é uma eficiente estratégia de manejo do risco cardiovascular em populações expostas. Neste sentido, o objetivo do estudo foi avaliar os efeitos do treinamento físico em desfechos hemodinâmicos, sensibilidade barorreflexa e estrutura cardiovascular em camundongos fêmeas Apoe-Ko (modelo experimental de aterosclerose) expostas ao processo de envelhecimento, bem como, avaliar se existe algum nivel de correlação nestes desfechos. Métodos: Para isso, 18 camundongos fêmeas ApoE-KO foram divididos em três grupos experimentais (n=6 cada): grupo controle com 6 meses de vida (C); grupo meia idade, com 15 mês de vida (MA); e grupo meia idade treinadas (MAT) com 15 mês de vida, treinadas nas ultimas 6 semanas de protocolo. O treinamento físico foi realizado 5 dias por semana, com duração de 1 hora por dia e intensidade entre 60-80% da capacidade máxima de corrida. Ao final do protocolo, foi realizada ecocardiografia (Vevo 2100) e registro direto da pressão arterial (Windaq) após a realização do procedimento de canulação. Em seguida, a sensibilidade barorreflexa foi analisada (CardioSeries). Os grupos foram comparados por Anova One-way e a associação entre os parâmetros foi testada por correlação de Pearson. Resultados: O grupo meia idade apresentou maior espessura da parede da aorta (C: 0.17±0.01; MA: 0.22±0.01; MAT: 0.19±0.01; mm, p=0.01), aumento de pressão arterial média  (C: 107.10±3.23; MA: 130.40±6.31; MAT: 119.8±1.43; mmHg, p=<0.01) e da frequência cardíaca (C: 536±40; MA: 664±28 ; MAT: 613±30; bpm, p=0.04) em relação ao grupo controle, e o treinamento físico reverteu estas alterações. Além disso, houve redução do índice de eficiência barorreflexa no grupo meia idade (p=0.02; C vs. MA) e o treinamento físico reestabeleceu a eficiência dos barorreceptores. Adicionalmente, foram observadas correlações positivas entre a espessura da parede da aorta com a pressão arterial média (p=<0.01; r=0.75) e com a frequência cardíaca (p=<0.01; r=0.69), e correlação negativa entre a espessura da parede da aorta com o índice de eficiência barorreflexa (p=0.04; r=-0.54). Conclusões: O envelhecimento promove aumento da espessura da parede da aorta, sobrecarga hemodinâmica e redução da eficiência dos barorreceptores. O treinamento físico é eficiente em mitigar as alterações promovidas pelo envelhecimento. E a espessura da parede da aorta se correlaciona com a atuação dos barorreceptores e com a hemodinâmica.

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