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Disfunção cardio-renal em camundongos submetidos à estenose aórtica e tratados com oxalato de sódio

SILVA, A.A., MARQUES, J.R., NASCIMENTO-CARVALHO, B., SOUZA, L. E., SILVA, M. B., BENETTI, A., IRIGOYEN, M. C. C.
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil, Instituto do Coração-HCFMUSP - São Paulo - SP - Brasil

As doenças cardiovasculares (DCVs) são as principais causas de morte no mundo. Modelos experimentais são importantes para estudar as DCVs. O modelo de constrição do arco aórtico (TAC) é um dos mais utilizados na literatura para o estudo da hipertrofia cardíaca (HC). Modelos de lesão renal também estão associados com HC e mimetizam lesões comparáveis às hipertensivas, como as observadas no modelo de oxalato de sódio solúvel (OXA). São escassas na literatura as informações sobre registro direto hemodinâmico em ambos os modelos citados, assim como não existem dados sobre as alterações ocasionadas por associação destes dois modelos. Portanto, nosso objetivo é testar a hipótese de que camundongos submetidos à TAC e à gavagem com OXA representarão um modelo eficaz de disfunção cardiorrenal. Métodos: camundongos machos C57BL foram randomizados da seguinte forma: animais falsamente operados que receberam gavagem com água ou OXA, e os animais submetidos à TAC e à gavagem com água ou OXA. Utilizou-se a ecocardiografia e a avaliação em gaiola metabólica para quantificar as funções cardíaca e renal. Também foi feito o registro direto da pressão arterial (PA), frequência cardíaca, avaliação da sensibilidade barorreflexa e coleta de tecidos para análise histológica. Foi realizado o teste ANOVA 1-2 vias e pós-teste de Bonferroni por meio do software Prisma 8 (GraphPad Softwares Inc., San Diego, USA). Valores de p foram considerados significativos quando p≤0.05. Resultados: o grupo TAC+OXA apresentou a ureia sérica aumentada e, em relação ao grupo SHAM+OXA, uma diminuição no consumo de água e balanço hídrico. O grupo TAC+OXA apresentou os maiores valores de pressão diastólica, sistólica e pressão média. O grupo TAC foi o que apresentou maior peso do coração corrigido e o TAC+OXA apresentou o maior índice de congestão pulmonar. O grupo SHAM+OXA apresentou aumento da modulação autonômica e da variabilidade da frequência cardíaca enquanto que o grupo TAC+OXA demonstrou uma redução importante. Os TAC apresentaram o maior aumento da variabilidade da PA (DP-PAS). A taquicardia reflexa dos grupos TAC, SHAM+OXA e TAC+OXA se mostrou muito reduzida e apenas o grupo TAC+OXA apresentou redução do índice alfa também. Conclusão: A cirurgia TAC foi eficiente no desenvolvimento da HC, na redução na taquicardia reflexa e em alterações da modulação autonômica. A gavagem com OXA promoveu injúria renal primária e foi capaz de aumentar a modulação autonômica em ausência da TAC. A cirurgia TAC em conjunto com a gavagem de OXA parece causar maior disfunção cardíaca e renal. Apoio: CAPES.

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