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Pode a redução do corpo carotídeo estar relacionada com a hipertensão resistente e não controlada?

Lamoel Mohandas Cruz da Silva, Camilla Giovanna Vieira de Morais, Juliana Lara Santos de Albuquerque, Kevin Rafael de Paula Morales, Carlos Eduardo Rochitte, Silvia Lacchini
ICB - USP - Instituto de Ciências Biomédicas - São Paulo - SP - BRASIL, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Considerando que os corpos carotídeos atuam sobre a regulação autonômica e seu impacto no controle da pressão arterial ainda precisa ser melhor esclarecido, o objetivo do estudo foi caracterizar os corpos carotídeos de pacientes com hipertensão controlada e não controlada através do estudo retrospectivo de angiotomografias.

Para isso, foram estudadas angiotomografias de pacientes hipertensos, recebendo 1 ou mais categorias de anti-hipertensivos, controlados ou não no momento da avaliação. Os pacientes avaliados foram separados em três grupos: hipertenso controlado (H-C, recebendo até 2 categorias de anti-hipertensivos), hipertenso resistente (recebendo 3 ou mais categorias de anti-hipertensivos) controlado (HR-C) e não controlado (HR-N).

Foram avaliadas as angiotomografias (Aquilion ONE/PRISM – Canon) de pacientes submetidos à avaliação de artérias cervicais com contraste iodado. As reconstruções das artérias usaram cortes de 0,5mm de espessura, com medidas ortogonais do corpo carotídeo para avaliação dos diâmetros e as bifurcações carotídeas bilateralmente. A morfologia das carótidas comum, interna e externa foi muito semelhante entre os grupos estudados. A idade média dos grupos avaliados não foi significantemente diferente (H-C: 59±14; HR-C: 66±8; HR-N: 52±13 anos).

No grupo H-C (n=29), 24% apresentaram pressão arterial não controlada, talvez associada ao processo de ajuste no tratamento. Ao avaliar a presença de lesões ateroscleróticas, os grupos H-C e HR-C apresentaram maior proporção (34% e 40%, respectivamente), quando comparados aos hipertensos resistentes não controlados (8,3%); contudo, esta proporção menor deve ser devida ao tempo de tratamento e ao controle de comorbidades que estes pacientes deve fazer. Por outro lado, o grupo HR-N apresentou redução das medidas axial e sagital do corpo carotídeo (1,9±0,3 e 2,8±0,7mm, respectivamente, -14% e -12%). Esta redução observada no corpo carotídeo pode se relacionar a uma perda da microvascularização (dificultando a mensuração na tomografia) e interferindo no controle da pressão arterial do grupo HR-N. Estudos mais aprofundados, incluindo mais pacientes e indivíduos normotensos serão importantes para definir que padrão de mudanças no corpo carotídeo pode estar relacionado à perda de resposta ao tratamento anti-hipertensivo.

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