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Aminas biogênicas: novos biomarcadores para saúde cardiovascular na obesidade?

Matheus Antônio Filiol Belin, Taynara Aparecida Vieira, Juliana Silva Siqueira, Thiago Luiz Novaga Palacio, Artur Junio Togneri Ferron, Fabiane Valentini Francisqueti Ferron, Igor Otávio Minatel, Silmeia Garcia Zanati Bazan, Giuseppina Pace Pereira Lima, Camila Renata Correa Camacho
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - - SP - BRASIL

Introdução: A obesidade é uma doença multifatorial capaz de atuar sobre diversos mecanismos, dentre eles a modulação do perfil de aminas biogênicas (AB). Uma vez que essa enfermidade está relacionada a doenças cardiovasculares (DCV), e que não há relatos de associação de AB e saúde cardiovascular, é importante desvendar processos fisiopatológicos que possam estar envolvidos na manifestação e progressão da DCV.  Sendo assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a associação entre o perfil de AB cardíacas e o desenvolvimento de DCV na obesidade experimental. Métodos: Ratos Wistar (n=24) foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: dieta controle (C) e dieta high-sugar fat (HSF) acrescida de 25% de sacarose na água por 20 semanas. Este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (1337/2019). Foram avaliados: índice de adiposidade (%), pela soma dos depósitos de gordura normalizada pelo peso corporal; pressão arterial sistólica (mmHg), por pletismografia de cauda; parâmetros ecocardiográficos, por Doppler Ecocardiográfico; e perfil de AB cardíacas (µg/g) por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Análise estatística: Os dados foram comparados por teste T de Student e por correlação de Pearson a 5% de significância. Resultados: O grupo HSF apresentou maior índice de adiposidade (HSF: 8,71 ± 1,81; C: 3,65 ± 0,64; p<0,001), pressão arterial sistólica (mmHg) (HSF: 145 ± 13; C: 121 ± 5; p<0,001), remodelamento e disfunção cardíaca, e alterações nos níveis de Agmatina (HSF: 1,43 ± 0,46; C: 4,11 ± 0,70; p<0,001), Putrescina (HSF: 1,52 ± 0,33; C: 2,77 ± 0,78; p<0,001), Cadaverina (HSF: 0,46 ± 0,10; C: 4,05 ± 1,00; p<0,001), Histamina (HSF: 2,81 ± 0,72; C: 2,02 ± 0,63; p=0,023), Serotonina (HSF: 52,8 ± 7,1; C: 28,2 ± 5,1; p<0,001) e Espermidina (HSF: 14,9 ± 2,9; C: 20,6 ± 5,6; p = 0,009) em relação ao grupo controle. Agmatina (R = 0,925; p<0,001), Putrescina (R = 0,737; p<0,001), Cadaverina (R = 0,952; p<0,001) e Espermidina (R = 0,608; p<0,001) foram inversamente correlacionadas com obesidade, remodelamento e disfunção cardíaca, e hipertensão. Enquanto Serotonina (R = 0,845; p<0,001) esteve positivamente correlacionada aos mesmos parâmetros. Conclusões: Existem fortes correlações entre os níveis de AB cardíacas e os fatores de riscos cardiovasculares, podendo estes metabólitos serem possíveis biomarcadores para DCV. 

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