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Otimização farmacoterapêutica em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida em um hospital privado de São Paulo

Patrícia Moreira, Julia Nicasio, Nivaldo Azevedo, Raphael Tolentino, Paulo Caleb Santos, Julia Sarmento, Paulo Oliveira, Carla Fernandes, Murilo Barbosa, Fabrício Assami
Hospital Santa Paula - São Paulo - Campo Belo - Brasil

Introdução: A insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica com elevada morbimortalidade. O primeiro registro brasileiro de insuficiência cardíaca aguda (BREATHE) relaciona altas taxas de mortalidade intra-hospitalar com as deficiências de terapias comprovadamente eficazes em doses não otimizadas, o que compromete a qualidade de vida e o prognóstico dos pacientes. Objetivo: evidenciar a otimização farmacoterapêutica intra-hospitalar e na alta dos pacientes admitidos com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. Métodos: foram analisados os prontuários eletrônicos dos pacientes com insuficiência cardíaca (CID-10:I50) ou que evoluíram para este diagnóstico durante a internação, que permaneceram internados por mais de 24h e que receberam alta hospitalar com receituário médico, admitidos de janeiro a novembro de 2022 em um hospital privado de São Paulo. A farmacoterapia domiciliar foi obtida na admissão através da anamnese farmacêutica e foi comparada com as otimizações de aumento de dose, substituição e introdução de classe terapêutica intra-hospitalar através do receituário médico de alta hospitalar. Resultados: foram avaliadas 121 internações dos 103 pacientes incluídos no estudo. Destes, 35,9% (n=37) foram classificados com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (40%). Nas avaliações de admissão (n=44), 15,9% continham um inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA), 22,7% um antagonista dos receptores AT1 de angiotensina II (ARA), 40,9% um inibidor de neprilisina e receptor de angiotensina (iNRA), 9,1% hidralazina e/ou mononitrato de isossorbida e 11,4% não continham nenhum vasodilatador. 70,5% continham betabloqueador, 22,7% um antagonista dos receptores mineralocorticoides (ARM), 27,3% um inibidor dos co-transportadores renais de sódio-glicose 2 (iSGLT2) e apenas 9,1% das avaliações de admissão continham a terapia quádrupla. Na alta, todos os receituários continham um iNRA ou IECA ou ARA ou um vasodilatador, 22,7% tiveram o IECA ou ARA substituídos pelo iNRA e 13,6% tiveram o iNRA iniciados na internação, aumentando para 75% o percentual de avaliações de alta com iNRA. O percentual de betabloqueadores, ARM e iSGLT2 aumentou para 95,5%, 65,9% e 84,1% respectivamente e o percentual de altas com a terapia quádrupla aumentou para 50%. Conclusões: Apesar da baixa taxa de prescrição de terapias baseadas em evidência na admissão, a otimização da farmacoterapia pode e deve ser realizada na fase hospitalar, visando adicionar fármacos e titular doses, o que pode contribuir com a redução da mortalidade e hospitalizações.       

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