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PERFIL DAS PACIENTES OBSTÉTRICAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: ANÁLISE DOS ÍNDICES DE GRAVIDADE

ITAMARA VANESSA SANTOS, Matheus Santos Moitinho, Eduesley Santana-Santos, Cassiane Dezoti da Fonseca
Universidade Federal de Sergipe - Sergipe - Sergipe - Brasil

Introdução: As pacientes no ciclo gravídico puerperal internadas em uma unidade de terapia intensiva (UTI) apresentam risco de complicações, tais como hemorragia, sepse e lesão renal, os quais aumentam o tempo de internação e a morbimortalidade. Sendo assim, o reconhecimento precoce desses riscos promove o desenvolvimento de estratégias preventivas a favor de desfechos clínicos satisfatórios. Objetivos: avaliar o perfil epidemiológico e clínico de pacientes obstétricas na Unidade de Terapia Intensiva e o uso de instrumentos para gravidade e lesão renal. Método: estudo longitudinal, do tipo coorte prospectivo realizado em uma UTI de uma maternidade filantrópica do estado de Sergipe. O período da coleta de dados foi de fevereiro a outubro de 2022. Foram utilizados os índices SOFA e SAPS 3 para avaliação da gravidade e a ferramenta KDIGO para avaliação da função renal. A significância estatística considerada foram os valores de p≤0,05. Resultados: A média de idade das mulheres foi de 27,1 ±7,1, pardas, em união estável, de 1 a 7 anos de escolaridade, com tempo médio de internação de 3,6 ± 3,2 dias, idade gestacional:37,6 ± 2,7 semanas, realização de 7,2 ± 2,9 consultas de pré-natal e com hipertensão arterial sistêmica (HAS). Foram transferidas para enfermaria 93,3% e 8,8% tiveram óbito fetal, 2,9% foram dialisadas e 6,1% evoluíram para o óbito. Os índices de gravidade representados pelo SOFA e SAPS 3 apresentaram uma pontuação média de 2,4 ±3,6; 37,5 ± 11,8 respectivamente e foram associados a menor idade gestacional. A predição de mortalidade média foi de 9,3%. A pré-eclâmpsia e a multiparidade foi associada a maior gravidade pelo SAPS 3 (p<0,05). Ao relacionar o SOFA e o SAPS 3 com a creatinina e a ferramenta KDIGO, a gravidade esteve presente na creatinina de 1 semana e no KDIGO I-III (p<;0,05). Com relação a ferramenta KDIGO, sem lesão renal aguda esteve presente em 63,6 % da amostra, o KDIGO I em 27,3% e o KDIGO II-III em 9,1%. A razão de chances das pacientes obstétricas com HAS, o uso de sonda nasoenteral, ter alta creatinina na admissão e nas 48 horas foi 18 vezes, 14 vezes, 46 vezes e 17 vezes maior para desenvolvimento do KDIGO I-III, respectivamente (p<0,05). Conclusão: A sensibilidade prognóstica foram semelhantes para ambos os índices, com predição de mortalidade inferior a 10% e elevadas pontuações no SOFA e SAPS 3 das pacientes procedentes da maternidade de alto risco, com menor idade gestacional. O risco de lesão renal aguda foi associado a HAS.

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