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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Impacto dos sintomas de ansiedade na função endotelial em estudantes de medicina.

PB Medeiros, AC Marques, IS Guimarães, VV Neves, JC Tolentino, RL Chaveiro, ALT Gjorup, SL Schmidt
Hospital Universitário Gaffrée e Guinle - Tijuca - RJ - Brasil, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - Urca - RJ - Brasil

Introdução: Entre estudantes de medicina tem sido observada uma alta prevalência de transtornos de ansiedade. Estudos tem associado esses transtornos ao desenvolvimento de doença aterosclerótica vascular e piores desfechos cardiovasculares. Um dos possíveis mecanismos seria o efeito negativo da ansiedade na função endotelial. Contudo, até o momento não há estudos em que tenha sido investigada a relação entre disfunção endotelial e ansiedade em estudantes de medicina. Objetivo: 1) Investigar a relação entre ansiedade e função endotelial em estudantes de medicina. Materiais e Métodos: Estudo transversal, com inclusão de estudantes de medicina. Foram incluídos ambos os sexos, acima de 18 anos, com ecocardiograma e Doppler de carótidas normais antes da avaliação endotelial. Excluídos aqueles com história de qualquer doença clínica atual ou prévia ou uso de medicação que possa interferir na avaliação do endotélio. Para avaliação da função endotelial foi utilizada a ultrassonografia da artéria braquial, em que foi avaliado o percentual de dilatação fluxo-mediada (DFM), após oclusão do braço por 5 minutos. Disfunção endotelial se DFM < 10%. Ansiedade foi analisada através do Generalized Anxiety Disorder 7-item scale (GAD-7). O rastreio para transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é considerado positivo se GAD-7 > 10 pontos. Quanto maior o escore no GAD-7, maior a gravidade dos sintomas de ansiedade. Com o SPSS 23®, foi aplicado teste t, regressão linear, regressão logística binária e correlação bivariada. Os dados foram apresentados com seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) e calculada a odds ratio (OR), considerando nível de significância de 5%. Resultados: Foram incluídos 104 participantes, com 50% da amostra de cada sexo. A idade variou de 19 a 34 anos (23,3±2,9 anos). O valor médio da DFM foi de 11,9%. A prevalência de disfunção endotelial foi de 33,7% (n=35), sem relação com sexo ou idade. O rastreio positivo para TA foi de 38,5%, sendo mais frequente no sexo feminino (p<0,001). A pontuação do GAD-7 foi significativamente associada à disfunção endotelial (OR=1,122; IC95%= 1,028-1,224; p= 0,01). Maiores valores do GAD-7 se relacionaram a um menor percentual de DFM da artéria braquial (R=-0,219; p=0,03). Conclusão: Em estudantes de medicina, sintomas de ansiedade foram associados à presença de disfunção endotelial. Estudos futuros com intervenções em ansiedade (farmacológicas ou não) poderão melhorar a função endotelial nesta população.

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