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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Encapamento externo (wrapping) da aorta em pacientes com dissecção crônica tipo A.

Pedro Reges Pereira Meira, Walter Jose Gomes, Márjory Medeiro Passos Teixeira, Leonardo Paiva Ohashi, Matheus Ritto, Nelson Americo Hossne Junior, Marcos Cruz Amaral, Rafael Queiroz de Souza Lima, Eduardo Nascimento Gomes, Pedro Horigoshi Reis
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Fundamento 

A cirurgia com substituição da aorta ascendente é o padrão ouro na maioria dos pacientes com dissecção da aorta tipo A.  Entretanto, esse tratamento cirúrgico convencional está associado a uma elevada morbi-mortalidade hospitalar.

Objetivo

Relatamos a serie inicial de procedimentos com encapamento externo (wrapping) da aorta em casos de pacientes com dissecção crônica da aorta tipo A (>14 dias do diagnóstico) e considerados de alto risco cirurgico

Método

Quatro pacientes com dissecção crônica da aorta tipo A considerados de alto risco para tratamento convencional foram submetidos a procedimentos com encapamento externo (wrapping) da aorta, com idades variando entre 36 e 66 anos.  

Uma paciente apresentava transplante renal com evolução inicial de disfunção do enxerto, outra paciente grávida de 12 semanas, um paciente com síndrome de Marfan, Testemunha de Jeová e com cirurgia prévia de Bentall com dilatação importante de aorta tóraco-abdominal, e outro paciente frágil com operação anterior de revascularização miocárdica com os três enxertos coronarianos pérvios. 

Todas as operações foram realizadas sem uso de circulação extracorpórea e sem heparinização. A aorta ascendente e inicio do arco são dissecadas e liberadas de aderências posteriores, assim como da artéria pulmonar. São utilizados dois retalhos de pericárdio bovino 11x9 cm, suturados e unidos no seu comprimento. Uma pinça Satinsky é utilizada para dirigir o retalho retro-aórtico e posicioná-los circularmente envolvendo a extensão da aorta ascendente. A seguir o retalho é recortado para ajustar ao calibre da aorta e suturado longitudinalmente. 

Resultados

A duração média do procedimento foi de 2 horas e 30 minutos. Não houve mortalidade, nenhum paciente necessitou transfusão sanguínea. Uma paciente imunosuprimida teve pneumonia, tratada com antibióticos. No paciente com extenso acometimento onde o encapamento foi ampliado até o istmo aórtico teve rouquidão por paralisia temporária de corda vocal. 

No acompanhamento médio de 5,2 meses, todos os pacientes retornaram ao seu estilo de vida rotineiro. Exames de tomografia de controle periódicos não mostram redilatação da aorta nos segmentos tratados.

Conclusão

Corroborando resultados da literatura, a utilização da técnica de encapamento foi segura provendo resultados iniciais satisfatórios nesta coorte, com os pacientes retornando a seu estilo de vida normal. Exames de imagem seriados não mostram redilataçao da aorta.

 

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