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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Benefícios autonômicos em fêmeas obesas treinadas: possível efeito adicional dos hormônios femininos

Lima, H.D.S., Santos, A., Da Costa-Santos, N, Nascimento-Carvalho, B., Santos, G. S. , Bernardes, N., Scapini, K. B. , De Angelis, K, Irigoyen, M. C. C., Sanches, I. C.
USJT - São Paulo - São Paulo - Brasil, InCor - São Paulo - São Paulo - Brasil, UNIFESP - São Paulo - São Paulo - Brasil

Introdução: O tecido adiposo é um dos principais fatores para o desenvolvimento de doenças cardiometabólicas. Há diferenças entre os sexos para acúmulo de TA, o que colabora para o risco cardiometabólico aumentado no sexo masculino. Entretanto, pouco se sabe dos efeitos do exercício físico entre os sexos, mediante a condição de obesidade. Objetivo: Comparar o efeito do treinamento físico aeróbio (TFA) nos parâmetros metabólicos, hemodinâmicos e modulação autonômica cardiovascular em camundongos obesos: machos vs. fêmeas. Métodos: 48 camundongos C57BL/6J, foram divididos em 6 grupos (n=8 cada): machos sedentários alimentados com dieta normolipídica (MSN) ou hiperlipídica (MSH); machos treinados alimentados com dieta hiperlipídica (MTH); fêmeas sedentárias alimentadas com dieta normolipídica (FSN) ou hiperlipídica (FSH); fêmeas treinadas alimentadas com dieta hiperlipídica (FTH). A administração das dietas teve duração de 10 semanas. Peso corporal e o consumo de ração foram mensurados durante todo o protocolo. Os grupos MTH e FTH realizaram TFA em esteira ergométrica (5dias/sem; 4/sem). Os animais foram canulados para registro direto de pressão arterial (PA) (4kHz, CODAS). O registro de PA foi usado para avaliação de modulação autonômica cardiovascular. Os dados (média e erro padrão) foram analisados por ANOVA one-way, seguido de post-hoc de Tukey. Resultados: A PA sistólica, diastólica e média, foi maior no grupo MSH em comparação a todos os outros grupos (MSN: 132±3,8; MSH: 148±2.2; MTH; 138±2; FSN: 129±2,2; FSH: 130±2.1; FTH: 135±1,9 mmHg PAS). O grupo FTH apresentou menor modulação simpática em comparação aos grupos MSN e MSH (BF-IP, MSN: 60±4; MSH: 66±7; MTH; 52±3; FSN: 50±3; FSH: 56±2; FTH: 35±7 BF-IP un); e maior modulação parassimpática (AH-IP, MSN: 40±4; MSH: 33±7; MTH; 48±3; FSN: 49±3; FSH: 44±2; FTH: 65±7 AF-IP un). Além disso, os grupos FSN e FTH apresentaram menor balanço simpatovagal em comparação ao grupo MSH (MSN: 1,5±0,2; MSH: 2±0,6; MTH; 1,1±0,1; FSN: 0,8±0,0; FSH: 1,3±0,1; FTH: 0,6±0,2 BF/AF). Conclusão: O consumo de dieta hiperlipídica foi associado a maior pressão arterial nos machos, enquanto o treinamento físico induziu maior cardioproteção nas fêmeas (redução de simpático e aumento de parassimpático), sugerindo um benefício adicional proveniente dos hormônios sexuais femininos, quando associados ao treinamento físico. Apoio financeiro: CAPES-PROSUP; CNPq 435123/2018­1; Instituto Ânima.

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08 a 10 de junho de 2023