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Avaliação não invasiva da rigidez miocárdica pela técnica ultrassonográfica de ondas de cisalhamento em pacientes com Amiloidose e Doença de Fabry

CAFEZEIRO, C.R.F, ALENCAR NETO, A.C, BUENO, B.V.K, RISSATO, J. H, PEREIRA, F.L, RAMIRES, F.J.A, MATHIAS, W. Jr, ROCHITTE, C.E, HOTTA, V.T, FERNANDES, F.
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A Amiloidose cardíaca e a Doença de Fabry são miocardiopatias que evoluem com alteração estrutural das paredes ventriculares, disfunção diastólica e insuficiência cardíaca. A função diastólica compreende a rigidez miocárdica e a alteração de relaxamento. Porém, somente a alteração de relaxamento é avaliada na prática clínica. A elastografia cardíaca tem sido proposta como modalidade diagnóstica para avaliação não invasiva da rigidez miocárdica.

Objetivo: Investigar o potencial da elastografia cardíaca por ondas de cisalhamento para avaliar a rigidez miocárdica (RM) através da sua quantificação de forma não invasiva na doença de Fabry (DF) e na amiloidose cardíaca (AC) da forma ATTRv e correlacionar com outros exames complementares de imagem e laboratoriais (eletrocardiograma, ecocardiograma 2D, troponina e BNP) e com teste de caminhada de 6 minutos.

Material e métodos: Foram incluídos prospectivamente 60 adultos: 20 pacientes com doença de Fabry, 20 pacientes com ATTRv e 20 pacientes como grupo controle. Ecocardiografia, eletrocardiograma e avaliações laboratoriais foram realizados. A avaliação elastocardiográfica da rigidez miocárdica foi realizada em equipamento de ultrassonografia utilizando-se de transdutor convexo multifrequêncial, sob ajuste específico do equipamento para realização da elastografia miocárdica.

Resultados: A RM foi significativamente maior em pacientes com Amiloidose Cardíaca que em voluntários saudáveis no anteroseptal basal (PEEL 6.95 ± 1.4 kPa vs. 5.45 ± 1.1 kPa, respectivamente, p=0.02; PEEC 6.85 ±1.4 kPa vs. 5.4 ± 1.2 kPa, respectivamente, p=0.02) e no ventrículo direito (5.9 ± 2.6 vs. 4.0 ± 0.7, respectivamente, p=0.01), não havendo diferença entre o anteroseptal médio e septo apical. Houve diferença na rigidez miocárdica dos pacientes com Doença de Fabry no ventrículo direito quando comparado com o grupo Amiloidose Cardíaca. Além disso, a rigidez miocárdica foi significativamente maior em pacientes com grau crescente de disfunção diastólica (p < 0,001).

Conclusão: A rigidez miocárdica foi significativamente maior em pacientes com AC em comparação com voluntários saudáveis no anteroseptal basal e ventrículo direito, mas sem diferença no anteroseptal médio e septo apical. O grupo Amiloidose Cardíaca apresentou diferença na rigidez miocárdica do ventrículo direito quando comparado com o grupo Doença de Fabry.

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