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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

O Impacto e a Correlação dos Sintomas Psicológicos com a Qualidade de Vida de Pacientes com Angina Refratária

Bárbara dos Santos Sampaio Ferreira, Matheus Santos Moitinho, Tallita Costa Reis, Danielle Misumi Watanabe, Luís Henrique Wolff Gowdak
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A angina pectoris consiste geralmente em uma dor torácica relacionada à isquemia cardíaca, sendo considerada refratária quando, na vigência de otimização medicamentosa, apresenta duração maior que três meses, apesar de otimização medicamentosa e/ou intervenções coronarianas. Entretanto, pouco é conhecido sobre a relação da angina com o distresse psicológico e a qualidade de vida. Objetivo: Analisar a correlação e os fatores associados ao distresse psicológico mediante o Estado Geral de Saúde, Limitação por Aspectos Sociais, Limitação por Aspectos Emocionais e Saúde Mental do questionário SF 36 de qualidade de vida em pacientes diagnosticados com angina refratária em acompanhamento ambulatorial. Métodos: Estudo transversal realizado por entrevista clínica e aplicação dos questionário de angina de seattle e Questionário Genérico de Qualidade de Vida Relacionado à Saúde SF-36 e Inventário Breve de Sintomas (BSI), em pacientes com angina refratária em acompanhamento ambulatorial. Para as variáveis de continuidade, teste t-student, com correção de welch ou Mann-Whitney foram utilizados, assim como χ2 com correção de Yates ou Exato de Fisher para as categóricas. Para análise linear, correlação de Spearman e para regressão logística, ajustou-se o modelo aos fatores de confusão, colinearidade e homoscedasticidade, adotando intervalo de confiança de 95% e valor de p<0,05. Resultados: Dos 148 recrutados, uma amostra de 30 pacientes foi obtida, prevalecendo idade avançada 62±10 anos, sexo masculino 70%, autodeclarados brancos 50% e casados 87,6%. Houve significância estatística na associação entre pacientes que coabitavam com o cônjuge e episódios mais frequentes de angina (Fisher = 5,25; p= 0,04]. Os domínios de aspectos sociais, aspectos emocionais, saúde mental e estado geral de saúde se correlacionam negativamente com sintomas psicológicos. Para análise uni e multivariada os pacientes com angina não moderada ou condicionada pelo estresse emocional apresentaram 36x e 22x mais chances de não terem sintomas de distresse psicológico [OR:36.0;P<0,01 e OR:22.5;P=0,04], respectivamente. Conclusão: Houve associação entre maior frequência de angina para os pacientes que coabitam com o cônjuge. Os componentes de aspectos sociais, emocionais, saúde mental e estado geral de saúde se correlacionam negativamente com sintomas psicológicos. Para os pacientes nos quais a angina manifesta ou piora ao estresse psicológico houve associação à pertença ao grupo com distresse psicológico.

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