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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Teste Cardiopulmonar na caraterização da intolerância aos esforços em portadores de Miocardiopatia Hipertrófica.: Prevalência e características clínicas associadas.

Leonardo Pippa Gadioli, Tamara C. S. Ribeiro, Henrique T. Moreira, Julio C. Crescêncio, Camila Q. Bertini, Fabiana Marques, Minna M.D. Romano, Mariani M. M. Bernardo, Marcus V. Simões, André Schmidt
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - - SP - BRASIL

Introdução:A Miocardiopatia Hipertrófica (MCH) pode levar à intolerância ao esforço, frequentemente associado ao gradiente pressórico intraventricular. Adicionalmente, muitos pacientes com MCH são desencorajados a praticar exercícios físicos e por consequência apresentam limitação periférica aos esforços (descondicionamento físico) além de aumento do risco de desenvolvimento de obesidade, hipertensão e diabetes.Objetivo: Identificar a prevalência de limitação periférica através do teste cardiopulmonar (TCP) em pacientes com MCH e avaliar as características clínicas e ecocardiográficas associadas a esse tipo de limitação.Métodos: Estudo transversal retrospectivo em portadores de MCH submetidos à TCP e ecocardiografia no período de 2018 a 2022.Os pacientes foram divididos em três grupos de acordo com as variáveis do TCP. Grupo normal (N): consumo de oxigênio (VO2) >85% do predito; grupo limitação periférica (LP):VO2<85% do predito, VE/VCO2 slope< 34 e ausência de dor torácica limitante, sinais de baixo débito, ventilação oscilatória, arritmias complexas e comportamento anormal da pressão arterial e do pulso de oxigênio; Grupo limitação cardiocirculatória (LC):VO2< 85% e presença de qualquer um dos critérios ausentes no grupo LP.Resultados: Foram avaliados 40 portadores de MCH divididos em três grupos: N (n=8), LP (n=14) e LC (n=18). A prevalência de LP observada foi de 44%. Em relação às características clínicas observou-se diferença significativa apenas na idade (anos) entre os grupos N e LC; 58±8;45±14;42±16, p=0,03.Em relação à variáveis ecocardiográficas, não houve diferença significativa entre os grupos N, LP e LC, incluindo a presença de gradiente intraventricular significativo(≥30 mmHg): 25%, 28% e 34%, fração de ejeção do ventrículo esquerdo (%): 66±3,66±7,66±13 e espessura do septo (mm);18±5, 22±4, 22±4,respectivamente. Na análise das variáveis do TCP observou-se diferença significativa entre os grupos N, LP, LC: VO(mL/kg/min): 23±5, 20±5, 14±6, p=0,0006, VOpredito(%): 91±4, 73±9, 56±17, p<0,0001, VE/VCO2 slope: 32±3, 29±3, 37±11, p<0,03; PAS máxima (mmHg): 185±24, 170±14, 134±35,p<0,0001, índice cronotrópico: 76±8, 60±21, 41±20, p=0,0007,  respectivamente.ConclusãoO presente estudo mostrou que a limitação periférica é um achado frequente em portadores de MCH, podendo representar até metade dos casos, sem marcadores clínicos ou ecocardiográficos claros. Nesse contexto, o TCP pode contribuir para a identificação de limitação periférica em portadores de MCH e que potencialmente se beneficiariam de reabilitação cardiovascular.

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