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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Tempo de internação e desfechos de pacientes com covid-19 em unidade de terapia intensiva

Eduesley Santana-Santos, Jadson Nilo Pereira Santos, Fabiana Angelo Ferreira, Érika Ramos Silva, Jussiely Cunha Oliveira, Fernanda G.M. Soares Pinheiro, Rita de Cássia Almeida Vieira, Renata Roberta Dantas
Universidade Federal de Sergipe - UFS - Aracaju - SE - Brasil, Grupo Interdisciplinar de Estudos em Cuidados Críticos - GIESCC/UFS - Aracaju - SE - Brasil

Introdução: A Síndrome da angústia respiratória do adulto é causada por uma forte resposta inflamatória pulmonar que ocorre na presença de múltiplos agentes agressivos, dentre os quais está o SARS-CoV-2, causador da COVID-19. Objetivo: Avaliar o tempo de internação e desfechos de pacientes com COVID-19 atendidos em unidades de terapia intensiva de Sergipe. Método: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo, conduzido em cinco unidades de terapia intensiva (UTI) em hospitais privados e públicos do estado de Sergipe. Os dados foram coletados entre os anos de 2020 e 2021. Foram incluídos 180 pacientes internados com idade igual ou superior a 18 anos, que tiveram um tempo de permanência mínima de 24 horas e com diagnóstico confirmado para COVID-19. Os dados foram coletados incluiu características clínicas e demográficas; suporte à admissão na UTI e desfechos. A hipótese de aderência das variáveis contínuas à distribuição normal foi testada pelo teste de Shapiro-Wilks. A hipótese de igualdade de medianas independentes foi testada por meio do teste de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis e o valor de p<0,05 foi considerado significante. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe, com parecer favorável sob número 5.144.304. Resultados: Não se observou diferença significante entre o tempo de internação dos pacientes avaliados em relação às características clínicas e demográficas. Na amostra estudada, houve predominância de idosos do sexo masculino e cor/raça branca. Dentre os pacientes observados, a maioria teve sobrevida em 7 dias e um pequeno grupo teve sobrevida em 1 mês. E os pacientes com piores desfechos, teve: lesão renal aguda (9 [5-16,5] vs. 14 [8-23], p=0,005); complicações hemorrágicas (11 [6-19] vs. 16 [14-22,5], p=0,046); necessidade de ventilação mecânica por mais de 48 horas (7 [5-14] vs. 14 [8-23], p<0,001) permaneceram internados por mais tempo antes da presença do desfecho e morte (9,5 [5-17] vs. 14 [8-23], p=0,043). Conclusão: Desfechos como morte; lesão renal aguda; complicações hemorrágicas e a necessidade de ventilação mecânica por mais de 48 horas resultaram em um maior tempo de internação desses pacientes, com uma média de 11 dias. A sobrevida dos pacientes caia expressivamente a partir do 7 dia de internação chegando a menos de 23% após 30 dias.

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