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Associação da circunferência do pescoço com fatores de risco modificáveis e não modificáveis

Natalia Castaman dos Santos, Melissa alves cirelli, Camila Ferrari Pastorelli
HOSPITAL SIRIO LIBANÊS - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: A descoberta da circunferência do pescoço (CP), devido ao aumento da adiposidade nesse local, foi inovadora por sua aplicabilidade prática e relação com alterações cardiometabólicas que favorecem a aterogênese nas artérias carótidas, sendo uma medida simples, de baixo custo e que complementa a avaliação do enfermeiro na identificação de fatores de risco à saúde. OBJETIVO: Associar a CP com fatores de risco modificáveis e não modificáveis. MÉTODOS: Estudo descritivo, quantitativo e transversal realizado em um hospital quaternário filantrópico e aprovado sob parecer nº 5.637.960. A amostra por conveniência foi composta por pacientes que realizaram ultrassonografia das artérias carótidas e vertebrais. Foram incluídos maiores de 18 anos, que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido e com perfil lipídico, glicemia de jejum e hemoglobina glicada em prontuário. Foi aplicado um formulário para coleta de dados que continha variáveis sociodemográficas e clínicas, como sexo, idade, estado civil, nível de instrução, história familiar (HF) e pessoal, status e carga tabágica, atividade física, glicemia, hemoglobina glicada, perfil lipídico, peso, altura, índice de massa corporal (IMC) e CP. O peso e a altura foram aferidos em balança eletrônica com estadiômetro e a CP foi aferida em posição ortostática, no ponto médio do pescoço. Os valores de referência foram CP <37 cm para homens e <34 cm para mulheres. As associações entre variáveis quantitativas foram medidas pela correlação de Spearman. Entre as demais variáveis, foram usados testes como o de qui-quadrado. RESULTADOS: Amostragem foi de 42 pacientes, maioria do sexo feminino (52,4%), cor branca (83,3%), casado (73,8%), nível superior completo (90,5%), sedentário (64,3%), com sobrepeso (31%) ou obesidade classe I (31%) e HF positiva para hipertensão (71,4%) e diabetes (61,9%). Houve correlação positiva significativa entre a CP e carga tabágica (p=,001), peso (p=,000), altura (p=,000) e IMC (p=,000) e associação positiva significativa entre a CP e sexo masculino (p=,000), tabagismo (p=,006), HDL-c (p=,000), peso (p=,000), altura (p=,000) e IMC (p=,001). O HDL-c (p=,000) apresentou correlação negativa alta, que era esperado. Houve tendência da CP ser maior em homens com sobrepeso e obesidade. CONCLUSÃO: a CP esteve associada ao sexo masculino, peso, altura IMC, tabagismo, carga tabágica e HDL-c, esse último com associação inversamente proporcional. Mostrou-se uma ferramenta confiável e um importante indicador de risco cardiovascular e fácil de ser viabilizada em serviços de Saúde Pública.

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