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Efeito da suplementação de quercetina nas características antropométricas e bioquímicas em mulheres na pós-menopausa com síndrome coronária crônica: estudo randomizado

Nathalia Ferreira de Oliveira Faria, José Rafael de Oliveira, Karen Kuwabara, Gustavo Gonçalinho, Maria Bergamo, Célia Strunz, Raul Maranhão, Luiz Antonio César, Antonio de Padua Mansur
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: O maior consumo de frutas e vegetais promove maior disponibilidade de fitoestrogênios e esses compostos foram associados à saúde vascular e redução de sintomas do climatério. A quercetina, um flavonoide, é o antioxidante natural mais abundante. Em estudos com animais, a quercetina melhorou o metabolismo das lipoproteínas, apresentou capacidade antioxidante, produziu substâncias vasodilatadoras no endotélio vascular e reduziu a agregabilidade plaquetária. Porém, os efeitos da suplementação de quercetina em humanos é pouco conhecido. Métodos: Estudo randomizado, duplo-cego e controlado com placebo, analisou os efeitos da suplementação de 500 mg de quercetina nas características antropométricas e nas variáveis bioquímicas de 23 mulheres na pós-menopausa com síndrome coronária crônica (SCC) (10 no grupo placebo; 13 no grupo quercetina). A SCC foi diagnosticada para lesões coronárias >70% de redução do lúmen. As antropométricas foram o índice de massa corpórea (IMC), circunferência abdominal (CA) e circunferência do quadril (CQ). As bioquímicas foram hemograma completo, glicemia, hemoglobina glicada (HbA1c), creatinina, proteína C reativa (PCR), triglicérides (TG), colesterol total (CT) e frações HDL-C, NãoHDL-C e LDL-C. O período de seguimento foi de 60 dias. Analisou-se comparativamente as variáveis basais com as após 60 dias e a correlação entre os deltas (∆ = variável basal menos 60 dias de placebo ou suplementação). Resultados: A média de idade foi de 60,3±5,0 anos. A suplementação de quercetina associou-se após 60 dias com redução da circunferência do quadril de 107,5±11,8 cm para 106,4±11,7 cm (p=0,019) e de 4,4% da hemoglobina glicada de 6,33±0,78% para 6,05±0,82% (p=0,039). No grupo quercetina, observou-se: correlação direta entre os deltas da CQ∆  com os deltas das concentrações séricas do CT_∆ (r=0,68; 0,010), NãoHDL-C_∆ (r=0,69; p=0,009), LDL-C_∆ (r=0,67; 0,012); correlação inversa entre CQ_∆ e HbA1c_∆ (r=-0,59; p=0,033) e PCR_∆ (r=0,59; 0,032); e correlação direta entre HbA1c com PCR_∆ (r=0,65; p=0,015). Não se observou quaisquer variações ou correlações entre as variáveis analisadas no grupo placebo. Conclusão: Estudo gerador de hipóteses mostrou que a suplementação de quercetina associou-se com melhores variações antropométricas e bioquímicas e essas alterações podem ser benéficas no prognóstico das SCC em mulheres na pós-menopausa. 

 

 

 

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