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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

EXTRAÇÃO DE DISPOSITIVOS CARDÍACOS ELETRÔNICOS IMPLANTÁVEIS

Vítor Caldeira Leite Silva, Mariana Guimarães Souza de Oliveira, Alexandre Magno Oliveira de Souza, Júlia Ferreira Alves , Bruna Simões de Lara , Giovanna Martins Romão Rezende, Isaac Azevedo Silva, Ricardo Barros Corso
Universidade Católica de Brasília - Brasília - DF - Brasil, Cardiovascular Associados - Brasília - DF - Brasil

 

INTRODUÇÃO:  

Na última década, houve um aumento considerável nas  taxas de infecção relacionadas à dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEI). Na maioria desses casos, há a necessidade da remoção completa do dispositivo, sendo a remoção percutânea uma excelente técnica. 

 

RELATO DE CASO:

Paciente masculino, 78 anos, portador de marcapasso cardíaco há 20 anos. Foi submetido à terceira troca de gerador de marcapasso por esgotamento de bateria. Apresentou, dias após a troca, quadro de dor local e entumescimento da ferida no local do gerador, localizado na região subclavicular direita. Foi realizada a exploração cirúrgica com limpeza mecânica e antibioticoterapia oral. Houve recidiva do quadro de infecção com eliminação contínua de secreção purulenta pela ferida com exposição parcial do gerador do marcapasso. Após avaliação, paciente foi submetido a internação imediata para antibioticoterapia parenteral prolongada, explante total do sistema com o auxílio de sistema percutâneo de extração de eletrodos de estimulação cardíaca e posterior implante e novo sistema na região torácica contralateral. 

 

DISCUSSÃO:

As infecções relacionadas aos DCEI vêm aumentando em todo o mundo tendo  incidência entre 0,5 a 2,2% e taxa de mortalidade até 35%. Segundo diretrizes internacionais, o tratamento deve ser feito obrigatoriamente pela remoção completa do gerador  de  pulsos  e  cabos-eletrodos, associado a terapia antimicrobiana sistêmica e reimplante de um novo dispositivo cardíaco. Tradicionalmente, a extração é realizada com a abertura do coração e uso da circulação extracorpórea através de uma esternotomia mediana ou toracotomia lateral direita. Entretanto, recentemente desenvolveram-se dispositivos mecânicos ou que utilizam tipos diferentes de energia como o laser ou a radiofrequência. No presente  caso, foi realizada a retirada completa do sistema com sucesso, com o auxílio de um dos modelos de extração de eletrodos disponíveis no Brasil. Estes novos recursos têm como potencial benefício evitar a abertura do tórax e do coração por serem de aplicação percutânea e bem menos invasiva. Consequentemente, há uma  menor morbidade, mortalidade e melhor prognóstico quando comparada à remoção a céu aberto.

CONCLUSÃO: 

 

Com o crescimento exponencial de infecções relacionadas aos DCEI, novas armas terapêuticas como a radiofrequência e o laser  tem sido empregadas a fim de minimizar os danos ao paciente, facilitar a recuperação pós cirúrgica e diminuir os riscos de nova contaminação e complicações advindas dela, além de otimizar os custos hospitalares. 

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