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Estresse no trabalho: relação com os fatores de risco cardiovascular e a gravidade clínica na Síndrome Coronariana Aguda.

Mylena Firmino Rodrigues , David Barbosa Ferreira, Thiago da Silva Domingos , Edvone AlVes de Lima , Marianna Lacerda Sobral , Vinicius Batista Santos, Juliana de Lima Lopes
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: O estresse tem sido considerado um fator de risco para o desenvolvimento da doença aterosclerótica coronariana e um dos tipos de estresse é o estresse no trabalho que pode contribuir para o aumento da pressão arterial, aumento nos níveis lipídicos, glicêmicos e maior cisalhamento da placa aterosclerótica. Objetivo. avaliar a relação entre o estresse ocupacional e a presença dos fatores de risco (FR) cardiovascular e a gravidade clínica em pessoas com Síndrome Coronariana Aguda. Método. Estudo transversal com pacientes hospitalizados por Síndrome Coronariana Aguda economicamente ativos (trabalho formal ou informal). O estresse ocupacional foi mensurado pelo Maslach Burnout Inventory General Survey e foram avaliados os fatores de risco cardiovascular e a gravidade clínica por meio da análise da classificação de Killip, pico da troponina e número de lesões obstrutivas coronarianas. Foram realizados testes de associação considerando valor p< 0,05 como significativo. Resultados: Foram abordados 188 pacientes com diagnóstico de SCA, porém 61 foram incluídos no estudo. A amostra estudada era majoritariamente composta por indivíduos do sexo masculino, com idade média de 53,9 anos. No que concerne ao estresse ocupacional observou-se que 33 (54%) participantes apresentaram baixo risco para Síndrome de Burnout, 18 (29,5%) risco intermediário e 10 (16,4%) alto risco, sendo o domínio com pior pontuação o emocional. Houve associação entre o nível de estresse ocupacional com a presença de dislipidemia (p. 0,03), maior escore no instrumento que avaliou estresse e ansiedade (p. <0,01) e maiores níveis de ansiedade (p. 0,01). Quando analisada a associação entre o nível de estresse no trabalho e a gravidade clínica, não se observou nenhuma significância estatística, porém foi possível verificar que os pacientes com IAM SSST tinham maior prevalência de estresse ocupacional intermediário ou alto, que os pacientes em Killip II  tinham maior prevalência de estresse alto ou intermediário, e os pacientes com maiores níveis mediano de troponina e do escore Grace tinham estresse intermediário. Conclusões: A maior parte dos pacientes apresentavam estresse categorizado como baixo e a dislipidemia e a ansiedade se relacionaram com o estresse no trabalho. Medidas preventivas devem ser implementadas nas empresas para reduzir este FR que impacta no risco de desenvolvimento das doenças cardiovasculares.

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