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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Experiência de mundo real com 5.061 pacientes consecutivos do registro DISTRACTION (DIStal TRAnsradial access as default for Coronary angiography and intervenTIONs)

Marcos Danillo Oliveira, Vitor Lucas Frabis Rodrigues, Vitor Santos Candia, Ednelson Navarro, Adriano Caixeta
Hospital Regional do Vale do Paraíba - Taubaté - SP - Brasil, UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ - - SP - BRASIL, EPM/UNIFESP - São Paulo - SP - Brasil

Racional: O acesso arterial transradial distal (dTRA) na fossa radial (tabaqueira anatômica) apresenta, em relação ao seu correspondente proximal (pTRA), vantagens como maior conforto a pacientes (pcts) e operador (sobretudo para o dTRA esquerdo), menos sangramentos, hemostasia mais rápida e substancial redução no risco de oclusão da artéria radial (AR) proximal. Objetivos: descrever a exequibilidade e segurança do dTRA como via de escolha para cinecoronariografias (CINE) e/ou intervenções coronarianas percutâneas (ICP) rotineiras. Métodos: de FEV/2019 a JAN/2023, 5.061 (all-comers) pcts consecutivos submetidos a CINE e/ou ICP via dTRA foram incluídos no DISTRACTION, o primeiro registro prospectivo brasileiro a avaliar o dTRA como via padrão para CINE e ICP. Resultados: As tabelas (figura) expõem as características destes 5.061 pcts e dos procedimentos executados. A média de idade da amostra foi 63,4±14.3 anos, com maioria de gênero masculino (64,9%) e hipertensão arterial sistêmica (77%). Síndromes coronarianas agudas prevaleceram (54%), 35,8% tiveram síndromes coronarianas crônicas e 140 (2,8%) pcts se apresentaram ao cath lab em status de choque cardiogênico. A AR distal foi puncionada com êxito em todos os 5.061 pcts. Houve apenas 2,2% de “access site crossovers”, sendo, em sua maioria, para o dTRA contralateral ou para o pTRA ipsilateral. Logrou-se inserção bem-sucedida do sheath via dTRA em 98,1% dos pcts, mormente (80,7%) via dTRA direito, com sheaths 6Fr (98,4%) e hemostasia com o TR band® (98,2%). Repetição de dTRA ipsilateral (redo dTRA) se deu em 11,7% dos pcts; dTRA esquerdo foi usado em 7% e dTRA bilateral simultâneo, em 0,6% dos pcts. Em 60,7% dos pacientes, procedeu-se a ICP (eletivas, primárias, de resgate ou ad hoc), sendo a artéria descendente anterior o território-alvo mais prevalente (29,32%) e ICP de oclusões totais crônicas em 127 (2,5%) pcts. Não houve qualquer documentação de oclusão de AR (distal e proximal) à alta hospitalar. Caso isolado de pseudoaneurisma pós-dTRA direito foi resolvido com compressão prolongada, guiada por USG Doppler, com o TR band®. Não ocorreram eventos adversos cardíacos ou cerebrovasculares, bem como outras complicações maiores relacionadas à via de acesso. Conclusões: O uso rotineiro, por operadores experientes, do dTRA como padrão para CINE e/ou ICP em pcts de mundo real parece ser exequível e seguro, configurando-se como refinamento da clássica via pTRA, no afã de se dirimirem as complicações vasculares e de se preservar a AR para uso futuro.

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