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Prevalência e fatores de risco de doença cardiovascular subclínica em pacientes com diabetes: Brazilian Diabetes Study

Sofia Helena Vitte, Andrei Carvalho Sposito, Joaquim Barreto Antunes
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO:. A doença cardiovascular subclínica (DCS) tem sua detecção, habitualmente, pela avaliação da aterosclerose coronária e carotídea. Esta é uma estratégia plausível para a identificação de pacientes que, estando sob maior risco, se beneficiam de intervenções precoces para redução de sua morbimortalidade. Em pacientes com diabetes, a doença aterosclerótca manifesta-se de forma ainda mais intensa e precedente. A atual prevalência de DCS nesta população no Brasil, entretanto, segue pouco explorada. Diante deste fato, este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência e os fatores de risco de DCS em pacientes arrolados em coorte nacional de diabetes. , 

 

MÉTODOS: Estudo transversal com dados coletados pela coorte prospectiva nacional Brazilian Diabetes Study. Pacientes com diabetes tipo 2 (DM2) e , com idade ≥superior a 30 anos, foram submetidos a ultrassonografia Doppler carotídea para medida da espessura média-intimal da artéria carótida comum (IMTc) e angiotomografia computadorizada para medida de escore de cálcio coronariano (CAC). A DCS foi considerada naqueles sem antecedente de evento cardiovascular, com um ou mais dos seguintes:  (i) placa aterosclerótica carotídea; (ii) IMTc > superior ao percentil 75 para idade, gênero e raça; (iii) CAC > 0 Agatston. 

 

RESULTADOS: Um total de 333 indivíduos foram considerados nesta análise. Trata-se de população com média de idade de 57,8±7,5 anos, 7,3 anos (IQR: 8,2) com DM2 e  151 (45,3%)  eram do sexo masculino. A média (DP) de IMTc foi 0,714 (0,132)mm e 214 (64%) apresentavam IMTc > p75. Placa carotídea foi detectada em 177 (53%) dos pacientes avaliados. Considerando-se presença de placa ou alto IMTc, 271 (81%) dos pacientes avaliados tinham evidência de DCS. Em subgrupo de 198 indivíduos que foram também submetidos à medida de CAC, 133 (67%) tinham calcificação coronariana. A proporção de pacientes com aterosclerose carotídea, definida por placa (43% vs 57%, p= 0,050)ou por alto IMTC (67% vs 65%, p= 0,750)foi semelhante entre aqueles com e sem calcificação coronariana.  

 

CONCLUSÃO: A doença aterosclerótida carotídea e coronária subclínicas acometerem 81% e 67% dos pacientes com diabetes arrolados nesta coorte. A  ausência de calcificação coronariana não exclui o risco de aterosclerose carotídea. Esses dados devem ser considerados quando da definição de estratégias de identificação de pacientes com diabetes sob maior risco de eventos cardiovasculares. 

 

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