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Síncope cardioinibitória 2b com pausa de 48 segundos em paciente com Síndrome de Down e defeito do septo AV corrigido: Descrição do caso e do plano terapêutico.

ROGERIO ANDALAFT, BERBERT, GH, FRAGATA, CS, DRUMMOND, ML, BARBOSA, JA, CARMO, LV, MARTINS, EMP, BESSA, TLB, VALDIGEM, VP, MOREIRA, DAM
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: Os quadros de Síncope habitualmente se iniciam na adolescência . Aproximadamente 20% da população experimenta o primeiro episodio de desmaio entre 10 e 20 anos. Apesar de extremamente angustiantes estes nem sempre são investigados. Apenas 25 a 50% dos pacientes são avaliados nos serviços de saúde. Entretanto alguns casos merecem tratamento pelo risco de eventos e necessitam de acompanhamento especializado, inclusive para monitorização da indicação de dispositivos de marcapasso (MP) em caso de refratariedade ao tratamento clínico. Isto ocorre em alguns caos de síncope de padrão neuromediado do tipo cardioinibitória com pausa (Síncope cardioinibitória 2b ao Teste de Inclinação)

Objetivo: Descrever o caso de uma paciente púbere pós com Síndrome de Down e síncopes de repetição de início recente com teste de inclinação (TI) positivo (resposta 2b)

Descrição do caso: Paciente 13 anos feminina, Síndrome de Down portadora de defeito do septo AV total em fase pós operatória de correção total com bom resultado cirúrgico. Iniciou concomitante a menarca quadro de sincope recorrente com pródromos (dor abdominal e palidez). Apresenta Holter sem alterações arrítmicas e ecocardiograma com FEVD no limite inferior da normalidade. Analise do ECG com sinais de bloqueio divisional ântero superior direito. Foi submetido a avaliação por TI. Realizou protocolo de inclinação passivo a 70 graus não sensibilizado. Após 5 minutos de repouso foi inclinada e se manteve estável por 7 minutos e no oitavo minuto de inclinação apresentou dor abdominal, seguida de sincope com resposta cardioinibitória 2b e pausa de 48 segundos (fig 1) apesar do retorno a posição de Trendelenburgo (-30 graus). Houve retorno dos batimentos cardíacos com recuperação imediata do nível de consciência. Iniciado tratamento clínico com orientação de aumento da ingesta hídrica, suspender fatores desencadeantes (ortostase prolongada, ambientes quentes por exemplo) e mantido a monitorização rigorosa com intuito de avaliar a refratariedade e a necessidade de indicação de MP. 

Conclusão: 1) Os quadros de síncope neuromediada são particularmente frequentes durante a adolescência, principalmente após o estirão do crescimento 2) As respostas cardioinibitórias podem se instalar subitamente e serem de grande repercussão. Apesar deste fato o tratamento clínico deve ser sempre priorizado; 3) O paciente deve ser monitorizado quanto as recorrências e refratariedade ao tratamento clínico para indicação precisa de MP em pacientes com síncope cardioinibitória 2b com grandes pausas refratária à medidas gerais

 

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