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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

OCORRÊNCIAS DAS COMORBIDADES CARDIOVASCULARES EM PACIENTES COM COVID-19 NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Andrade, KBS, De Oliveira, T.L., Marins, A.C., Nepomuceno, R. O., Carvalho, E. C. , Souza, N.D.O, Soares, S.S.S, Varella, T.M.M.
UERJ - RJ - RJ - Brasil

Objetivo: Analisar a prevalência de comorbidades cardiovasculares nos pacientes críticos com COVID-19 internados em um hospital universitário no Estado do Rio de Janeiro. Método: Coorte retrospectiva a partir da análise documental para extração dos dados e seguiu a inciativa Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE). O estudo incluiu dados de pacientes internados com diagnóstico de COVID-19 entre março de 2020 a dezembro de 2020. A amostra não probabilística, consecutiva foi composta por prontuários de pacientes com COVID-19 que passaram por internação em Unidade de Terapia Intensiva. Os achados foram armazenados em planilha de Excel e apresentados por meio de estatística descritiva.  O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição sob o parecer nº: de 4.470.158.Resultados: Foram avaliados 92 prontuários de pacientes com COVID-19 cuja média de idade foi de 62,2 ±15,8 anos. As comorbidades prévias prevalentes foram: hipertensão arterial sistêmica 67 (72,8%), diabetes mellitus 29 (31,5%), tabagismo 19 (20,6%), obesidade 16 (17,4%), doença arterial coronariana 11 (11,7%) e arritmias 8 (8,7%). Esses resultados demonstraram que a infecção por COVID 19 influenciou no sistema cardiovascular, interferindo especialmente, na elevação da pressão arterial sistêmica e diabetes. Pôde-se inferir que a ativação dos sistemas renina‐angiotensina e simpáticos, citocina sistêmica induzida por inflamação pode contribuir para uma resposta cardiovascular exuberante por sobrecarga volumétrica circulatória, resultando em taquicardia, e em altos valores da pressão arterial. E ainda, que a alta incidência de arritmias no COVID-19 seja multifatorial por hipoxemia devido a problemas respiratórios agudos, declínio agudo em hemodinâmica cardíaca, miocardite, lesão cardíaca, resposta inflamatória proeminente, invasão viral direta e/ou uso de medicamentos de prolongamento de QT. Conclusão: O estudo revelou um perfil de paciente suscetível ao agravamento da COVID-19, considerando a presença de comorbidades cardiovasculares de grande impacto na morbimortalidade da população e pode auxiliar o enfermeiro no planejamento do cuidado para a complexidade deste paciente. Sugere-se estudos de associação que identifiquem os principais desfechos relacionados as características desta clientela.

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