Introdução: A força de preensão manual e dos membros inferiores têm sido utilizadas como indicadores de funcionalidade e saúde geral de idosos. Indivíduos com doença arterial periférica (DAP) apresentam redução da força muscular e capacidade funcional, porém ainda não foi descrito se a queda poderia agravar ainda mais esses indicadores.
Objetivo: Comparar a força de preensão manual e de membros inferiores em indivíduos com DAP caidores e não caidores. Métodos: Estudo transversal com indivíduos com DAP identificada pelo índice tornozelo-braço (ITB) ≤0,90. Os indivíduos foram divididos em dois grupos conforme histórico de quedas nos últimos 12 meses: não caidores e caidores (relato de uma ou mais quedas no último ano). A força de preensão manual foi mensurada por meio de dinamômetro de preensão manual e a força de membros inferiores por meio do teste de sentar e levantar. Para as análises estatísticas foram utilizados testes t não pareado para amostras independentes e Mann-Whitney, comp≤ 0,05. Resultados: A amostra incluiu 236 indivíduos com DAP (não caidores: n = 193, 66±10 anos, 66,3% homens, ITB: 0,57±0,18 e caidores: n = 43, 69±10 anos, 55,8% de homens, ITB: 0,60±0,20. A força de preensão manual (não caidores: 33± 15 kgf vs caidores 30±15 kgf, p= 0,410) e o desempenho no testes de sentar e levantar (não caidores: 14±7 seg vs. e caidores 16±10 seg, p= 0,436) foram similares entre os grupos. Os mesmos resultados foram obtidos analisando-se os pontos de corte para fraqueza muscular por faixa etária e sexo. Conclusão: A ocorrência de queda no último ano não está associada com a menor força em pacientes com DAP.
Palavras-chave: Doença Arterial Periférica, Força Muscular, Dinamometria.
