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INFECÇÃO ODONTOGÊNICA EM PACIENTE COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM USO DE TRIPLA TERAPIA ANTITROMBÓTICA: RELATO DE CASO

Victoria d'Egmont Favarin, Gabriela Walder Carrasco, Gabriella Avezum Mariano da Costa de Angelis, Lilia Timerman, Ana Carolina de Andrade Buhatem Medeiros, Valeria Cristina de Souza Cantoni
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: As infecções odontogênicas são frequentemente causadas por diversos microrganismos e espécies bacterianas. Os pacientes possuem sinais e sintomas específicos como dor localizada, acompanhada de calor e inchaço na região afetada. Embora a maioria dos processos infecciosos em estágios iniciais sejam controlados com intervenção cirúrgica e antibioticoterapias, eles têm potencial para se disseminar por meio dos planos faciais da cabeça e pescoço, podendo causar uma piora da condição sistêmica do paciente. Esse relato apresenta um caso de infecção odontogênica em paciente internado com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST em uso de tripla terapia antitrombótica, em que a intervenção odontológica foi imediata e de extrema relevância para a compensação clínica do paciente. Relato de caso: Paciente gênero masculino, 73 anos com diagnóstico de doença arterial coronariana e fibrilação arterial persistente, internado na Unidade Coronariana em um hospital terciário de cardiologia com quadro de infarto agudo do miocárdio em uso de enoxaparina, ácido acetilsalicílico e clopidogrel com queixa de dor em cavidade oral. Ao exame físico extraoral: edema e hiperemia em face do lado direito e lábio superior. Exame físico intraoral: dentado parcial com aumento volumétrico em fundo de sulco gengival anterior superior e mucosa labial do lado direito. Realizado radiografia periapical dos dentes incisivos central e lateral superior lado direito com condutos obturados e lesões periapicais. Conduta: anestesia local, desobturação dos condutos com medicações intracanais, drenagem do abscesso, colocação de dreno após incisão em mucosa gengival, uso de selante de fibrina para hemostasia local e antibioticoterapia. Após a remoção do dreno, observa-se regressão do edema em hemiface direita e regressão total do edema em lábio superior, com ausência de sintomatologia dolorosa relatada pelo paciente. O paciente recebeu alta após 9 dias e foi acompanhado via ambulatório para finalizar os tratamentos endodônticos, medicado com amoxicilina e clavulanato de potássio por sete dias e dipirona para analgesia. Considerações finais: O caso relatado demonstra o potencial lesivo de focos infecciosos em cavidade oral e a importância dos cuidados com a saúde bucal, especialmente em pacientes críticos com alterações cardiovasculares e alto risco de sangramento. O diagnóstico e tratamento odontológico imediatos foram essenciais para resolução do quadro infeccioso bucal, além de minimizar possíveis complicações sistêmicas e reduzir o tempo de hospitalização.

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