SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

ANESTESIA DO GÂNGLIO ESTRELADO EM PACIENTE COM TEMPESTADE ELÉTRICA PÓS INFARTO TRANSMURAL

Gabriel Da Cass Mecabô, Maurício Montemezzo, Sarah Grobe Fagundes, João Bocardi Villar, Carla Mariko Okabe, Larissa Rengel
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - - PR - BRASIL, Hospital Universitário Cajuru - Curitiba - Paraná - Brasil

INTRODUÇÃO: A tempestade elétrica apresenta alta taxa de mortalidade principalmente nos primeiros 3 meses. As opções terapêuticas iniciais incluem o uso de drogas antiarrítmicas (amiodarona, lidocaína e propranolol) e conforme refratariedade às terapêuticas iniciais, podemos considerar cardioversão elétrica, implante de marca-passo, modulação do sistema simpático e ablação. A anestesia do gânglio estrelado em tempestades elétricas foi terapia eficaz no controle de arritmias ventriculares, em pacientes tanto com cardiomiopatia isquêmica como não isquêmica e independente da morfologia da taquicardia ventricular, e é utilizada como estratégia de ponte até o tratamento definitivo com ablação.

 

RELATO DE CASO: Masculino, 73 anos, internado por infarto agudo do miocárdio transmural de parede inferoposterior, com cinecoconarioangiografia evidenciando artéria circunflexa ocluída em terço proximal e artéria coronária direita com oclusão crônica no terço médio, submetido a angioplastia de artéria circunflexa com sucesso. Evolui no dia seguinte ao procedimento com episódio de taquicardia ventricular sustentada (TVS) com frequência de 150bpm, com instabilidade hemodinâmica, sendo submetido a cardioversão elétrica e iniciado amiodarona com controle temporário. No dia seguinte, apresentou episódios recorrentes de TVS monomórfica estável, sem controle após associação de lidocaína e realização de cardioversão elétrica sincronizada. Optou-se pela sedação e implante de marca-passo transvenoso (MPTV) para overdriving pacing com frequência cardíaca de 100 bpm, que também não foi resolutiva, realizada então anestesia do gânglio estrelado guiado por ultrassom a beira leito com solução de ropivacaína e bupivacaína, sem novo episódio de taquicardia ventricular após procedimento, e 3 dias após, foi submetido à ablação epicárdica. 

 

DISCUSSÃO: Um dos pilares para desenvolvimento de TVS é a ativação do sistema autonômico. A maior parte do estímulo simpático para o coração é conduzido através do gânglio estrelado e em alguns casos, o bloqueio beta-adrenérgico e os antiarrítmicos não atenuam os mecanismos indutores de arritmia. Estratégias possíveis para controle da arritmia são instalação do MP com frequência maior que 100bpm para overdriving pacing, bem como a anestesia do gânglio estrelado como maneira de reduzir tônus autonômico, como pontes até a terapia final.

 

CONCLUSÃO: A anestesia simpático do gânglio estrelado restaura o equilíbrio do sistema nervoso autonômico sendo uma alternativa de baixo risco para estabilização de pacientes em tempestade elétrica.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Parceria

Innovation Play

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

43º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

08 a 10 de junho de 2023