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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Correlação entre a capacidade funcional durante o TD6, a frequência cardíaca e a sua variabilidade em pacientes pós hospitalização por COVID-19

Luis Henrique Molina Gomes, Maria Cecília Moraes Frade, Daiane Roberta Viana, Patrícia Rehder dos Santos, Valéria Amorim Pires Di Lorenzo, Aparecida Maria Catai
Universidade Federal de São Carlos - São Carlos - SP - Brasil

Introdução: A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2 que acomete diversos sistemas do organismo, como o cardiorrespiratório. Assim, destaca-se a necessidade de avaliar estes sistemas de forma segura por meio de testes validados para mensurar a capacidade funcional, como o Teste de Degrau de 6 minutos (TD6). Em paralelo, a análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é um preditor de comprometimentos à saúde em pacientes pós hospitalização por COVID-19. Contudo, ainda existe carência na literatura sobre a relação da capacidade funcional e as respostas da VFC de pacientes pós hospitalização por COVID-19. Objetivos: Verificar se há diferenças e correlações entre a capacidade funcional, avaliada pelo desempenho no TD6, frequência cardíaca (FC) e índices de VFC em pacientes após 30 dias da alta hospitalar por COVID-19. Metodologia: Foram estudados 20 participantes (13 homens e 7 mulheres) com idade média de 47,5±8,4 anos. Estes receberam uma camiseta inteligente com sensor de eletrocardiograma e um degrau de 20 centímetros de altura para realização do TD6. Por vídeo chamada, foi realizada uma anamnese, avaliação da VFC e FC em repouso e durante o TD6. A análise da VFC foi feita por métodos lineares no domínio do tempo e da frequência em valores absolutos e normalizados. Foi verificado a normalidade dos dados por meio do teste Shapiro-wilk, teste de comparação de Mann Whitney e correlação de Spearman com significância de p≤0,05. Resultados: O desempenho no TD6 foi de 112 (78-144) degraus, onde 10 pacientes não atingiram o valor predito. Os resultados mostram a comparação entre o grupo que atingiu 80% do predito (melhores respostas) no TD6 (G1) e grupo que não atingiu (G2). Houve diferença significativa nas variáveis desempenho (p<0,001); SDNN e Hfa pré TD6(p=0,026 e p=0,045); Lfa em repouso (p=0,045); Lfa pré TD6 (p=0,017). Houve correlação positiva entre o desempenho no TD6 e FC pico no TD6 (r=0,74; p= 0,014) e Lfun recuperação (r=0,648; p=0,037), além de correlação inversa com RMSSD no TD6 (r=-0,733; p=0,0131); IRR no TD6 (r=-0,749; p=0,012) e Hfun recuperação (r=-0,648; p=0,0377), somente no G1. Conclusão:  Pacientes após 30 dias da alta hospitalar por COVID-19 com maior desempenho no TD6, apresentam maiores valores de VFC de repouso e de FC no pico do TD6, menores valores de IRR, maior modulação simpática e menor parassimpática na recuperação. Ainda, existe relação entre resposta aguda ao teste e maior modulação autonômica cardíaca nos que atingiram o desempenho previsto. Suporte: FAPESP e PIBIC-CNPq. 

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