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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Seguimento de fumantes com multimorbidades: avaliação da aderência e motivação no processo de cessação tabágica

Carvalho VJ, Carvalho LGR, Santos SA, Oliveira PM, Andrade IR, Mendonça AIS, Maia PD, Alencar MJTC, Banhato EFC, Galil AGS
UFJF - Juiz de Fora - MG - Brasil

Introdução: A cessação tabágica é uma medida relevante para reduzir o risco de doenças que mais impactam a morbimortalidade mundial. Em contrapartida, a pandemia de COVID- 19 dificultou o acesso e a oferta de intervenções para a cessação. O objetivo deste trabalho foi descrever o acompanhamento de fumantes com multimorbidades, especialmente quanto à aderência e motivação. Métodos: Estudo observacional de coorte transversal, avaliando fumantes em processo de cessação tabágica do Projeto Livres do Tabaco- UFJF (serviço público), entre 09/2021 a 02/2023. A intervenção foi de padrão híbrido (reuniões presenciais entremeadas às remotas). Definições importantes: Motivação, de 0 a 10 (Escala de Likert); aderência, avaliada pela frequência às reuniões de tratamento; fumantes pesados, 20 ou mais cigarros fumados/ dia; alta dependência (Teste de Fargestrom ≥ 5 pontos).  Resultados: 97 fumantes foram acompanhados ao longo da intervenção para cessação da 1ª até a 12ª semana de tratamento. Idade de 57,67± 9,20 anos; 85,6%, mulheres; 38%, casados; 51,5%, idosos. Quanto à história tabágica, observou-se um tempo de vício de 40,46 ± 12,02 anos; 45,6% de fumantes pesados e 72,9%, com alta dependência nicotínica. Informa-se quanto à aderência, motivação para cessação e no de cigarros fumados/ dia, de acordo com a semana de intervenção, respectivamente: 1ª semana (86,5%, 8,77±2,50, 20,15±15,71); 2ª semana (56,3%, 7,33±3,98, 16,33±12,74); 3ª semana (51%, 6,22±4,68, 12,63±9,46); 4ª semana (56,3%, 9,48±0,98, 11,09±11,23); 8ª semana (58,5%, 9,99±1,30, 9,10±12,92) e 12ª semana (34,4%, 9,58±0,79, 5,92±5,90). Quanto à cessação tabágica, observou-se 5,6% na 4ª; 15,3%, na 8ª e 13,6%, na 12ª semana. Durante o período analisado, não houve uniformidade de distribuição de tratamento medicamentoso aos pacientes. Conclusão: Na amostra avaliada, observou-se uma reduzida taxa de cessação tabágica ao longo do acompanhamento. A pandemia per si pode ter sido uma causa relevante aliado à falha de dispensação do tratamento medicamentoso. A despeito destas limitações, observou-se uma redução significativa do número de cigarros fumados diariamente entre a primeira e a décima segunda semana, assim como a manutenção de alta motivação para a cessação. Desta forma, foi possível promover efetivamente a redução de danos nesta população.

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