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Troponina ultrassensível em pacientes com miopericardite aguda – Pode ser utilizada como marcador prognóstico?

Maria Carolina Feres de Almeida Soeiro, Débora Nakamura, Aline S. Bossa, Maria C. César, Guilherme Garcia, Fábio Fernandes, Cesar H. Nomura, Carlos E. Rochitte, Múcio T. de Oliveira Jr, Alexandre M. Soeiro
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A identificação de marcadores prognósticos relacionados à ocorrência de eventos em pacientes com miopericardite aguda ainda é pouco descrita. No entanto, pode ser determinante no acompanhamento. Métodos: Estudo prospectivo, unicêntrico e observacional com o objetivo de avaliar troponina ultrassensível relacionados a eventos combinados em miopericardites agudas ou incremento de FEVE. Eventos combinados em longo prazo foram considerados morte, insuficiência cardíaca, recorrência e reinternação. Incremento de FEVE foi considerado aumento de 5% da FEVE no seguimento de 6 meses. Na avaliação final da ocorrência de eventos combinados (morte por todas as causas, insuficiência cardíaca e recorrência da MPA), após seguimento de até 24 meses, permaneceram 100 pacientes e na avaliação do incremento de FEVE (aumento > 5%) e 36 casos que foram reconvocados para realização de nova RMC entre 6 e 18 meses do evento inicial. Os critérios de exclusão foram instabilidade hemodinâmica e clearance de creatinina < 30 ml/min. Em todos os pacientes a RMC (1.5T Philips scanner) foi realizada nas primeiras 48 horas aplicando-se as técnicas de realce tardio, hipersinal em T2 e cine mode. O seguimento médio foi de 18,7 meses. Análise estatística: A avaliação de troponina de acordo com a ocorrência ou não de eventos combinados foi realizada através de teste-T e Q-quadrado, sendo considerado significativo p < 0,05. Análise multivariada foi realizada por regressão logística, sendo considerado significativo p < 0,05. A análise complementar da troponina foi feita por curva ROC como discriminador de probabilidade de eventos.Resultados: Foram encontradas diferenças significativas no valor de troponina entre pacientes que tiveram eventos combinados ou não, respectivamente (13,9 + 18,5 ng/ml vs. 19,2 + 18,3, p = 0,012), e também entre pacientes que tiveram ou não incremento em FEVE (28,6 + 22,1 ng/ml vs. 14,6 + 15,0, p = 0,038). Na análise multivariada, manteve correlação somente a troponina com incremento ou não de FEVE (OR = 1,031; IC 1,003 – 1,059, p = 0,030). A área sob a curva ROC da troponina relacionada ao incremento ou não de FEVE foi de 0,670, tendo melhor ponto de corte para discriminar o risco de eventos de 19,89 ng/ml (sensibilidade de 60% e especificidade de 73%). Conclusão: Troponina apresentou correlação prognóstica importante com incremento de FEVE no seguimento em longo prazo.

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