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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

TEMPOS DE ATENDIMENTO E ESTRATÉGIA DE REPERFUSÃO DE PACIENTES COM IAMCSST CONFORME A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Pollianna de Souza Roriz, Lucas Diniz Gonçalves Villas Boas, Tatiana de Sena Leitão, Rilary Silva Sales, João Pedro Almeida de Souza, Maria Luiza Silva Casé, Helmira Rafaela da Silva Menoita, Rhanniel Theodorus Helhyas Oliveira Shilva Gomes Villar
SAMU - Salvador - Bahia - Brasil

Introdução: No atendimento ao Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST (IAMCSST) os tempos de atendimento e terapia de reperfusão têm impacto na sobrevida. Uma adequada classificação de risco deve auxiliar no atendimento mais precoce desta condição. Casos atípicos e outras circunstâncias podem dificultar a triagem e gerar atrasos na cadeia assistencial. Assim, este trabalho objetivou comparar os tempos de atendimento e estratégia de reperfusão de pacientes com IAMCSST conforme a classificação de risco à admissão. Métodos: Estudo descritivo, de corte transversal, derivado do  Protocolo de Atendimento ao Infarto Agudo do Miocárdio (PIAM), que auxilia no manejo do IAMCSST das unidades pré-hospitalares e hospitalares de Salvador e região metropolitana. Foram avaliados os casos suspeitos de IAMCSST de 01/01/2021 a 31/12/2022, a classificação empregada de forma a agrupar os “prioritários - grupo 1” - vermelho e laranja - tempo de atendimento até 10 minutos) e “prioridade não-imediata - grupo 2” - amarelo e verde - tempo de atendimento entre 1 a 2 horas; terapias de reperfusão adotadas e tempos correlatos. As variáveis foram analisadas por frequência absoluta e mediana pelo SPSS, adotou-se significância estatística com p valor < 0,05. Resultados: Um total de 922 pacientes foi assistido pelo PIAM neste período, sendo 549 (59,54%) do sexo masculino e com idade média de 61,40 anos (+ 12,71), 596 (64,6%) hipertensos e 335 (36,3%) diabéticos. Em relação à classificação de risco, 651 (70,6%) foram identificados como prioridade não-imediata de atendimento. Dentre os 922, 697 pacientes receberam terapia de reperfusão em janela: 280 trombólises e 417 angioplastias primárias. A mediana do porta-ECG no grupo 1 foi de 17 min, vs 28min no grupo 2(p <0,01). A mediana do porta-agulha dentre os trombolísados no grupo 1 (93) foi de 1h42min vs 2h04min no grupo 2 (187) (p <0,01). O tempo porta-balão foi de 3:06h no grupo 1 (182) vs 03:53h no grupo 2 (466) (p <0,01). Foram registrados 124 (13,47%) óbitos na fase aguda. Conclusões: Comparando os tempos de atendimentos e estratégias de reperfusão dentre os grupos, foi possível perceber que as medianas de porta-ECG, porta-agulha e porta-balão foram significativamente menores no grupo 1. Dessa forma, evidencia-se a necessidade de sistematização e educação permanente dos que atuam na classificação de risco, bem como o emprego de protocolos que orientem ECG precoce independente do grupo de risco classificado.

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