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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

VALIDAÇÃO DO ESCORE M-CARS PARA RISCO DE MORTALIDADE EM UNIDADE CARDIOLÓGICA INTENSIVA DE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO.

CHIERICE, A. J. A., OTAVIANO, A. P., MIRANDA, C. H. , SCHMIDT, A.
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - - SP - BRASIL, FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - Ribeirão Preto - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: O escore M-CARS (Mayo-CICU Admission Risk Score) foi recentemente desenvolvido e validado para estimar o risco de morte em unidades cardiológicas intensivas (UCs), já que os atualmente aplicados às unidades de terapia intensiva (APACHE, SOFA) necessitam constante atualização e pelo menos 24 horas para coleta dos dados. O M-CARS baseia-se em 7 informações coletadas na admissão: ocorrência de parada cardíaca, insuficiência respiratória e/ou choque, escore de Braden, ureia sérica >23mg/dL, ânion gap >14 e amplitude da distribuição de células vermelhas (RDW) >14,3.  A escala é graduada de 0 a 10 pontos, com distribuição em 3 faixas de risco: baixo (até 2), intermediária (2-4) e alto (>4) como no original. OBJETIVO: Verificar se este escore, quando aplicado à população brasileira admitida em UCs, é capaz de discriminar o risco de morte. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectiva em pacientes admitidos no período Agosto a Dezembro de 2022, em duas UCs de hospital universitário, uma localizada na emergência atendendo casos agudos e outra no hospital central que recebe casos intervencionais complexos, descompensação de insuficiência cardíaca avançada e pós-operatório de cirurgia cardíaca. Dados demográficos, clínicos e laboratoriais obtidos na admissão foram cotejados com o desfecho morte em até 30 dias. Análise estatística paramétrica ou não em acordo com teste de normalidade. Teste de qui-quadrado, T-Student e ANOVA com pós-teste aplicados para comparação de grupos e P<0,05 estabelecida como significante. RESULTADOS: Incluídos 408 pacientes, 60% homens, 63±15 anos, 81% brancos. M-CARS obtido em 363 (89%). A mortalidade global em até 30 dias foi de 9,8% (40 pacientes), sem diferença entre os gêneros (p=0,31), idade (62,4±14,6 nos vivos vs 66,4 ± 17,0 nos que faleceram em 30 dias; p=0,1) ou unidade de internação (8,3% na UC hospital central vs 10,9% na UC emergência; p=0,38). O M-CARS foi capaz de diferenciar os pacientes com maior risco de morte (4,4±2,6 vs 2,0±1,6; p<0,0001) dentre os 363 avaliados, com 38 (10,5%) óbitos. Considerando as faixas de risco verificamos que houve incremento da mortalidade (3,4%, 10,2% e 40,5%; p<0,0001) com clara distinção entre os grupos. A principal razão de exclusão foi a não coleta do cloro sérico (45 pacientes), necessário ao cálculo do ânion gap. CONCLUSÕES: O escore M-CARS se mostrou adequado na predição do risco de morte em pacientes admitidos em UCs em nosso meio, sugerindo sua utilização em substituição aos tradicionais escores de unidades de terapia intensiva e favorecendo seguimento e orientação aos familiares.

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