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Programa institucional de tratamento de Insuficiência Cardíaca – Como estamos tratando e quais os fatores associados à internação?

Maria Carolina Feres de Almeida Soeiro, Bruno Biselli, Luís F B C Seguro, Bárbara R. Tamburim, Talita Franco Silveira, Felix J. A. Ramires, Carolina Casadei, Paulo Pego Fernandes, Fábio B Jatene, Alexandre M Soeiro
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença de alta morbidade e letalidade. A descrição do tratamento empregado em um centro terciário brasileiro e a identificação de diferentes fatores relacionados à morbimortalidade torna-se importante nesse contexto. Metodos: Trata-se de estudo unicêntrico e retrospectivo com o objetivo de avaliar características dos pacientes, tratamento e fatores relacionados à morbimortalidade em pacientes com IC. Para tal, foram incluídos 379 pacientes entre janeiro de 2011 e dezembro de 2.022 pertencentes ao programa institucional de tratamento de IC. O programa inclui acompanhamento médico especializado, nutricionista, farmacêutico, enfermagem e fisioterapia dedicados, além de treinamento continuado. Foram obtidos dados relacionados à características basais da população, apresentação clínica, status hemodinâmico, achados de ecocardiograma, laboratoriais, medicamentos utilizados, tipo de tratamento adotado, infecções nosocomiais e tempo de internação. Análise estatística: Foi realizada análise descritiva em medianas e porcentagens.Resultados: A idade mediana dos pacientes foi de 74 anos  com cerca de 72% de incidência no sexo masculino. O tempo médio de internação foi de 10 dias, com tempo aproximado de 3,5 dias em UTI, necessária em 26% dos pacientes. A mediana de fração de ejeção foi de 34%. 85,8% possuíam hipertensão arterial, seguido de 54,9% com diabetes mellitus, 41,7% com doença coronariana e 44,3% já com algum dispositivo cardíaco eletrônico implantável. A causa mais comum de descompensação foi infecção em 29,5%, seguida de insuficiência renal aguda em 16,1%, arritmias em 10,3% e isquemia miocárdica em 1,3%. 29% dos pacientes necessitaram de inotrópico endovenoso e 13,2% de vasopressores. Em somente 2,1% foi utilizada alguma forma de assistência circulatória mecânica. A mortalidade foi 10,2% de e 44 pacientes foram submetidos ao transplante cardíaco. Conclusões: A IC continua apresentando altos índices de morbimortalidade. A presença de um programa de tratamento e acompanhamento desses pacientes pode fazer a diferença nas taxas de complicações e reinternações no seguimento.

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