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Acesso Transradial Distal como via de escolha para intervenção coronariana percutânea primária numa larga coorte de pacientes em registro de mundo real

Marcos Danillo Oliveira, Vitor dos Santos Candia, Vitor Lucas Frabis Rodrigues, Ednelson Navarro, Adriano Caixeta
EPM/UNIFESP - São Paulo - São Paulo - Brasil, UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ - - SP - BRASIL, Hospital Regional do Vale do Paraíba - Taubaté - São Paulo - Brasil

Introdução: O estudo randomizado ANGIE (Anatomical sNuffbox for Coronary anGiography and IntervEntions) comparou a eficácia e a segurança entre os acessos transradial distal (dTRA) e transradial convencional (cTRA) direitos, observando-se associação do dTRA a um risco 2 vezes menor de oclusão da artéria radial proximal ao ultrassom Doppler em 60 dias. O dTRA, todavia, implicou taxa de crossover de acesso 4 vezes maior (21,8% vs 5,5%), principalmente devido à falha na inserção do fio-guia, bem como a maiores tempos para obtenção do acesso e execução do procedimento (dTRA vs cTRA: 120 vs 75s e 14 vs 11min, respectivamente), além de maior produto área-dose de radiação (~10%). Questiona-se, por conseguinte, se tais limitações associadas ao dTRA poderiam impactar a sua incorporação à ICP primária, a qual deve ser realizada em tempo hábil e por operadores experientes. Métodos: Em nossa larga experiência no registro de coorte prospectivo DISTRACTION (DIStal TRAnsradial access as default approach for Coronary angiography and intervenTIONs, ensaiosclinicos.gov.br Identificador: RBR-7nzxkm), dentre 5.146 pacientes consecutivamente submetidos a cineangiocoronariografia e/ou ICP via dTRA,  1.223 (23,8%) o foram por IAMCSST. Resultados: Neste subgrupo, houve apenas 20 (1,6%) crossovers de acesso (falha na inserção do fio da bainha), 4 deles viabilizados por dTRA contralateral. Não se documentaram sangramento ou hematoma significativos relacionado ao sítio de punção, nem disfunção de mão ou polegar após qualquer procedimento (Tabela). Por razões logísticas, os tempos para a aquisição do dTRA e dos eventuais crossovers, bem como os tempos de fluoroscopia e dos procedimentos não foram sistematicamente registrados. Conclusão: Destarte, apesar da natureza retrospectiva e dos potenciais vieses de seleção não documentados nesta casuística, parece-nos ser viável e segura a incorporação do dTRA como via de escolha para ICP primária em pacientes com IAMCSST. Ensaios grandes e randomizados ainda são necessários e esperados para avaliar as limitações e as vantagens desta técnica potencialmente disruptiva num cenário tão desafiador.

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