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Quais são os fatores associados à mortalidade em insuficiência cardíaca descompensada e choque cardiogênico?

Maria Carolina Feres de Almeida Soeiro, Pedro G M de Barros e Silva, Mariana Silveira de Alcantara Chaud, Luisa Benedito, Maria C César, Bruno Biselli, Brenno R Gomes, Rodrigo L Teixeira, Henrique B B Balbão, Alexandre M Soeiro
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, Hospital Samaritano Paulista - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: A identificação de fatores de risco relacionados à mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca descompensada e baixo débito cardíaco ainda é pouco descrita. No entanto, pode ser determinante na perspectiva de tratamento. Métodos: Trata-se de estudo prospectivo, multicêntrico e observacional com o objetivo de avaliar fatores relacionados à mortalidade em pacientes com choque cardiogênico. Para tal, foram incluídos 850 pacientes com necessidade de inotrópicos entre o período de janeiro de 2.015 e 2.023. Os seguintes fatores foram avaliados: pressões sistólica e diastólica, frequência cardíaca, creatinina, uréia, proteína-C reativa, lactato, sódio, BNP, troponina, fração de ejeção do ventrículo esquerdo, diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo (DDVE), diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo (DSVE), TSH, hemoglobina e pressão sistólica arterial pulmonar (PSAP). Análise estatística: A avaliação de fatores de acordo com a ocorrência ou não de morte foi realizada através de Q-quadrado e teste T, sendo considerado significativo p < 0,05.A análise multivariada dos fatores foi realizada por regressão logística.Resultados: Cerca de 59,6% dos pacientes eram do sexo masculino e a idade média da amostra foi de 67 anos. A taxa de mortalidade intrahospitalar foi de 23,8%. Na análise multivariada, foram encontradas diferenças significativas entre pacientes que morreram ou não, respectivamente, nos seguintes fatores estudados: DDVE (68,7 + 10,0 mm x 62,1 + 11,7 mm; OR=1,045, CI: 1,015 – 1,077, p = 0,003), DSVE (58,7 + 10,7 mm x 50,2 + 13,8 mm; OR=1,044, CI: 1,016 – 1,073, p = 0,002), pressão sistólica (89,5 + 27,7 mmHg x 104,3 + 36,9 mmHg; OR=0,989, CI: 0,983 – 0,994,  p < 0,001), TSH (3,8 + 10,4 mg/dl x 1,8 + 7,7 mg/dl; OR=1,019, CI: 1,001 – 1,037, p = 0,036 ), uréia (130,2 + 65,3 mg/ml x 93,7+ 55,8 mg/ml; OR=1,010, CI: 1,006 – 1,013, p < 0,001), proteína C reativa (43,5 + 62,9 mg/ml x 28,9 + 49,3 mg/ml; OR=1,005, CI: 1,002 – 1,009, p = 0,005), FEVE (28,9 + 11,4 % x 33,6 + 13,5 %; OR=0,975, CI: 0,956 – 0,994, p = 0,009)  e PSAP (52,5 + 14,7 mmHg x 48,6 + 16,2 mmHg; OR=1,016, CI: 1,001 – 1,032, p = 0,049).  Conclusão: A mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca ainda permanece elevada. DDVE, DSVE, pressão sistólica, TSH, uréia, proteína C reativa, FEVE e PSAP.  foram os fatores relacionados à mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca e baixo débito.

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