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TREINAMENTO FÍSICO AERÓBICO PREVINE A MUDANÇA FENOTÍPICA E METABÓLICA MUSCULAR ESQUELÉTICA INDUZIDA PELA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA VIA REGULAÇÃO DO MIRNA-205

Bruno R. A. Pelozin, Luis F. Rodrigues, Edilamar M. Oliveira, Tiago Fernandes
USP - Escola de Educação Física e Esporte - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: A miopatia muscular esquelética induzida pela insuficiência cardíaca (IC) é acompanhada por alterações moleculares patológicas no músculo esquelético (ME), porém pouco se sabe sobre os benefícios do treinamento físico aeróbio (TFA) nessa condição. Objetivo: Elucidar os mecanismos moleculares envolvendo TFA e alterações fenotípicas e metabólicas no ME de ratos com IC de etiologia hipertensiva. Métodos: 20 ratos machos, espontaneamente hipertensos (SHR) e 10 ratos Wistar Kyoto (WKY), com 9 meses, foram divididos em WKY Sedentários (WKY-S), SHR Sedentários (SHR-S) e Treinados (SHR-T). O TFA foi composto por 10 semanas de natação, 60min/sessão, 1x/dia, 5x/semana, com 5% de sobrecarga corporal. Após o TFA, avaliou-se pressão arterial, função cardíaca (ecodopplercardiograma) e consumo de oxigênio (VO2 pico); no ME sóleo analisou-se a atividade enzimática, imuno-histoquímica, expressão de miRNAs (Microarray e RTq-PCR) e proteínas (Western Blotting); (USP-No.2020/01). Como perspectiva translacional, foi avaliado a expressão do miRNA selecionado no ME vasto lateral de 30 pacientes, divididos em três grupos Sedentários Saudáveis (SS), Insuficientes Cardíacos Sedentários (IC-S) e Treinados (IC-T) (CAPPesq:814-10). Análise estatística: ANOVA uma via, seguido por Tukey. Resultados expressos em média ± EPM. Resultados: O TFA atenuou os níveis de pressão arterial e disfunção cardíaca, melhorando o desempenho no grupo SHR-T (VO2 pico 72±2mL.kg-1.min-1) comparado ao SHR-S (50±1,5mL.kg-1.min-1, p<0,01). A IC induziu uma redução no percentual de fibras tipo I (66±1%) e aumento no tipo II (147±2%), reduzindo a atividade enzimática da hexoquinase (83±2%) e citrato síntese (79±4%) comparado ao WKY-S (p<0,05). O TFA restabeleceu o percentual de fibras e as atividades enzimáticas (96±2%; 105±2%; 94±2%; 100±7%; respectivamente). A análise do Microarray e RT-qPCR demonstrou um aumento na expressão do miRNA-205 no grupo SHR-S (291±23%), juntamente com a redução da expressão proteica de seus alvos envolvidos no controle fenotípico e metabólico PPAR-β/δ (62±4%) e PGC-1α (67±6%) comparado ao WKY-S (p<0,05). Porém, o TFA foi efetivo em reduzir a expressão do miRNA-205 (167±18%, SHR-S: p<0,01) e reestabelecer a expressão proteica (PPAR-β/δ: 133±9%; PGC-1α: 120±11%). Nos pacientes, a expressão do miRNA-205 estava aumentada no grupo IC-S comparado ao SS (p<0,05) e o TFA restabeleceu a expressão no grupo IC-T. Conclusão: O TFA preveniu a miopatia ME por meio da regulação do miRNA-205, acompanhado da melhora na tolerância ao esforço físico. Apoio:CAPES-PROEX:#88887.484856/2020.

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