Introdução: A identificação de marcadores prognósticos relacionados à mortalidade em pacientes com síndromes aórticas agudas (SAA) ainda é pouco descrita. No entanto, pode ser determinante na perspectiva de tratamento. Métodos: Estudo prospectivo, multicêntrico e observacional com o objetivo de avaliar marcadores laboratoriais relacionados à mortalidade em SAA. Foram incluídos 94 pacientes e avaliados: creatinina, hemoglobina, leucograma, proteína-C reativa, lactato, BNP, troponina e D-dímero. Análise estatística: A avaliação de fatores de acordo com a ocorrência ou não de morte foi realizada através de teste-T, sendo considerado significativo p < 0,05. A análise complementar dos fatores foi feita por curva ROC como discriminador de probabilidade de morte. Resultados: A taxa de mortalidade intrahospitalar foi de 39,7%. Foram encontradas diferenças significativas entre pacientes que morreram ou não, respectivamente, nos seguintes fatores estudados: lactato (32,67 + 34,07 mg/dL vs. 11,80 + 9,19 mg/dL, p < 0,001) e creatinina (2,33 + 1,59 mg/dL vs. 1,51 + 1,46 mg/dL, p = 0,018). As áreas sob a curva ROC entre os fatores de risco e morte foram: lactato = 0,698 (0,555 - 0,840) e; creatinina = 0,684 (0,568 – 0,800). Os melhores pontos de corte para discriminar o risco de morte foram: lactato = 17,0 mg/dl (sensibilidade de 55,6% e especificidade de 89%) e creatinina = 1,43 mg/dl (sensibilidade de 64,9% e especificidade de 67%). Conclusão: A mortalidade em pacientes com SAA ainda permanece elevada. Lactato e creatinina foram os fatores relacionados à mortalidade em pacientes com SAA.
