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Avaliação da Saúde Cardiovascular de Crianças atendidas no Programa Forças no Esporte (PROFESP) do Distrito Federal

Stephanie Rezende Alvarenga Moulin Mares, Danielle Polato, Daniela Cia Penoni, Carlos Eduardo Ilha dos Santos, Polyana Romano Oliosa, José Geraldo Mill
Escola Superior de Defesa - Brasília - DF - Brasil, Universidade Federal do Espírito Santo - Vitória - ES - Brasil

Introdução: A avaliação de fatores de risco cardiovascular em crianças, como hipertensão arterial, sobrepeso/obesidade e alterações eletrocardiográficas, especificamente no Brasil, tem dados ainda muito escassos. A importância de se investigar crianças é que esses marcadores podem sinalizar o desenvolvimento futuro de doenças cardiovasculares. Nosso objetivo foi identificar a presença de fatores de risco cardiovascular em crianças do Distrito Federal (DF).

Métodos:  Dados clínicos e antropométricos, pressão arterial e eletrocardiograma foram analisados de 150 de crianças de escolas públicas do DF de 6 a 15 anos participantes de projeto social de contraturno chamado Projeto Forças no Esporte, da Escola Superior de Defesa, de maio a dezembro de 2022. Obesidade foi definida como pIMC ≥ 95; e hipertensão arterial (HAS) foi definida como pressão arterial sistólica ou diastólica > p95. Os dados foram apresentados como média ± desvio padrão e número de participantes (n) e porcentagem.

Resultados: Entre as 150 crianças, 80 eram meninas e 70 meninos; 46% brancas, 37% pardas e 11% pretas; 96% eram pré-púberes. A média de idade foi de 9,0 (± 1,9) anos. O eletrocardiograma foi normal em 100% delas. Obesidade foi encontrada em 12,9% delas; sobrepeso/obesidade em 24,5%; e HAS 4,9%.

Discussão: Obesidade infantil e HAS tiveram frequências menores em comparação a estudos populacionais brasileiros, que mostraram prevalência de 30% de sobrepeso/obesidade e 9,6% de HAS. Acredita-se que o fato de que nesse programa de contraturno as crianças realizam esportes e recebem alimentação balanceada isso interfira sobre o peso corporal e a pressão arterial. O baixo índice de HAS pode ser reflexo também dessa baixa frequência de obesidade infantil; e indica também qualidade dos dados, uma vez que foram obtidos em Centro de Investigação Clínica, dentro do PROFESP, ou seja, fora de ambiente hospitalar (reduzindo “efeito do jaleco branco”) e fora de ambiente escolar em si, o que poderia causar valores mais elevados pela agitação local. Pretende-se aumentar o número da amostra ao longo do ano de 2023 e realizar estratificação por grupos etários, bem como realizar análises laboratoriais e de hábitos de vida.

Conclusão: As crianças avaliadas de escolas públicas participantes de um programa de contraturno no Distrito Federal apresentaram uma frequência relativamente baixa de fatores de risco cardiovascular. Os dados sugerem que a prática regular de atividade desportiva e alimentação saudável podem explicar, ainda que parcialmente, a baixa prevalência de obesidade e hipertensão neste grupo.

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