SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Avaliação do perfil de mulheres com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida

Bárbara Reis Tamburim, Talita Franco Silveira, Juliana Mendonça Duarte, Priscila Maria Gabos, Viviane Fernanda Angelini Duarte, Cintya Pereira da Costa Ramos, Siomara Tavares Fernandes Yamaguti, Bruno Biselli, Luis Fernando Bernal da Costa Seguro, Alexandre de Matos Soeiro
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é uma das principais causas de hospitalização em adultos no Brasil e de acordo com o I Registro Brasileiro (BREATHE) e com o Registro Americano (ADHERE) de IC, mais da metade dos participantes era do sexo feminino, sendo 60% e 52%, respectivamente. Objetivo: Avaliar o perfil de mulheres internadas com IC descompensada com fração de ejeção reduzida em um programa de tratamento multidisciplinar de acompanhamento. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo de pacientes internados por IC descompensada em um hospital privado de São Paulo sendo levantadas as internações de janeiro de 2019 a dezembro de 2022. Foram incluídos pacientes com idade superior a 18 anos e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) ≤ 40%. Resultados: Nesse período tiveram 716 internações por IC descompensada, sendo 196 (27,4%) de mulheres e 520 (72,6%) de homens. O número total de pacientes acompanhados foi 393 e, desses, 107 (27,2%) eram mulheres com idade média de 74 ± 13,8 anos, média do tempo de internação de 15,7 ± 18,5 dias, média da FEVE 30,3 ± 5,9%, mediana do NTproBNP na entrada de 9445 mg/dL e mortalidade total ao longo do acompanhamento foi de 28 (26,1%), sendo que 12 (42,8%) foram relacionadas a IC e 16 (57,2%), a outras causas. Amédia do tempo da internação até o óbito foi 392 dias (1 – 1249). Em relação aos antecedentes pessoais, 64,5% eram hipertensas, 42,1% com dislipidemia, 35,5% diabéticas, 28% com fibrilação atrial, 26,2% com infarto agudo do miocárdio prévio, 24,3% com insuficiência renal crônica e 18,7% com história de neoplasia prévia. Em relação ao tratamento cirúrgico cardiológico prévio, 28,9% já tinham se submetido à intervenção coronariana prévia, 10,3% à revascularização cirúrgica do miocárdio e 7,5% à cirurgia valvar. Quanto às etiologias predominantes: isquêmicas (45,8%), idiopática (9,3%) e a esclarecer (9,3%); sendo menos predominantes hipertensiva, infiltrativa e periparto, todas com 1,9% cada. Discussão: Apesar do BREATHE e ADHERE demonstrarem que mais da metade era do sexo feminino,nossa população de mulheres foi minoria no período acompanhado. A mortalidade desse público relacionada a IC foi de 11,2%, com predomínio da etiologia isquêmica e média de idade de 74 anos, sendo superior à média documentada pelo BREATHE que foi de 64 anos. Conclusão: O perfil atual de mulheres com IC mostra-se diferente da literatura. No entanto, a mortalidade continua elevada e o conhecimento desse grupo torna possível melhorias no tratamento e acompanhamento multidisciplinar.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Parceria

Innovation Play

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

43º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

08 a 10 de junho de 2023