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O treinamento físico é essencial para elevação da contratilidade ventricular e melhora do controle autonômico em ratos hipertensos tratados com losartan

Bruno Augusto Aguilar, Suenimeire Vieira, Juan Carlos Sánchez-Delgado, Jens Tank, Karine Pereira Rodrigues, Leticia Araujo Ruys, Hugo Celso Dutra de Souza
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - Ribeirão Preto - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: O losartan, um bloqueador dos receptores AT1, é muito utilizado no tratamento da hipertensão. Entretanto, seus efeitos sobre o drive autonômico simpático e contratilidade cardíaca são controversos. Por sua vez, o treinamento físico (TF), além de reduzir a pressão arterial (PA), proporciona melhoras no controle autonômico e na funcionalidade cardíaca. No entanto, pouco sabemos sobre os efeitos do TF sobre a contratilidade cardíaca, ainda mais quando associado ao losartan. Portanto, avaliamos em ratos espontaneamente hipertensos (SHR) os efeitos do losartan e do TF aeróbio sobre parâmetros hemodinâmicos cardiovasculares, funcionais e autonômicos cardíacos. METODOLOGIA: SHR machos (18 semanas de vida, N=64) foram divididos em dois grupos (N=32); tratados com veículo (água) e tratados com losartan (5mg­-1.kg-1.d-1). Metade de cada grupo foi submetida ao TF aeróbio durante 14 semanas. Ambos, tratamento com losartan e TF ocorreram entre a 18ª e 32ª semanas de vida. Na 32ª semana de vida todos os animais foram submetidos ao registro dos parâmetros hemodinâmicos; avaliação da participação dos componentes autonômicos cardíacos na determinação da frequência cardíaca (FC) basal por meio do duplo bloqueio dos receptores autonômicos cardíacos com metilatropina (4 mg/kg) e propranolol (5mg/kg); e avaliação da reatividade do leito coronariano e da contratilidade ventricular em coração isolado por meio da técnica de Langendorff. RESULTADOS: O losartan e o TF reduziram a PA média. Quando comparados, o tratamento com losartan apresentou as maiores reduções, e a associação de ambos reduziu ainda mais a PA. Somente o TF reduziu a FC. O duplo bloqueio autonômico mostrou que o TF aumentou a participação vagal e reduziu a participação simpática na determinação da FC basal. O tratamento com losartan reduziu a participação simpática e a associação de ambos somente reduziu a influência simpática na determinação da FC. O estudo em coração isolado mostrou que o losartan teve pouco efeito sobre a reatividade do leito coronariano e contratilidade cardíaca. Por sua vez, o TF aumentou significativamente a reatividade do leito coronariano e a contratilidade cardíaca ao aumento do fluxo, além de aumentar a responsividade dos receptores b-adrenérgicos à dobutamina e ao salbutamol. A associação de ambos apresentou resultados semelhantes aos observados no grupo somente submetido ao TF. CONCLUSÃO: O tratamento com losartan reduziu a PA, porém sua associação com o TF foi fundamental para promover adaptações autonômicas e funcionais cardíacas em SHR. FAPESP (2022/02553-6).

 

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