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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

TOPOGRAFIA E VARIABILIDADE DAS ECTOPIAS VENTRICULARES EM PACIENTES COM CARDIOVERSOR-DESFIBRILADOR IMPLANTÁVEL

Carlos Arthur Hansel Diniz da Costa, Gabriela Menichelli Medeiros Coelho, Rhanniel Theodorus Helhyas Oliveira Shilva Gomes Villar, Claudio Cirenza, Enia Lucia Coutinho, Angelo Amato Vincenzo de Paola
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: O holter de 12 derivações (H12) é um método diagnóstico que combina a duração do holter tradicional de 3 derivações com os detalhes do eletrocardiograma de 12 derivações, permitindo a análise de elementos qualitativos das arritmias não disponíveis no holter habitual. Ectopias ventriculares (EV) podem se originar de locais distintos no coração e sua delimitação pode ter implicação no planejamento intervencionista.

Métodos: Foram analisadas a quantidade e a morfologia das EV em H12 de 57 pacientes. As extrassístoles foram classificadas topograficamente ao longo dos 3 eixos cardíacos (apicobasal, anteroposterior e laterosseptal) de acordo com o algoritmo proposto por Kuchar et al em um sistema tridimensional atribuindo uma coordenada em cada eixo cardíaco (vide figura).  Foram também registrados elementos quantitativos (número de EVs, duração do QRS) assim como qualitativos (aspecto morfológico, orientação espacial).  A análise estatística foi feita com o teste t de student para diferença de médias além de estatística descritiva.

Resultados: Foram registradas 92 morfologias de EV (tabela abaixo. A duração do QRS entre EVs laterais (175 ms [140 – 253 ms]) foi significantemente menor que septais (166 ms [133 – 225 ms]) (p=0,033). Entre os pacientes que possuíam H12 sequenciais, a EV predominante advinha da mesma topografia e cursava com as mesmas características morfológicas em 68,75% dos casos e diferente em 31,25% (tabela 2)

Conclusão: 1) A variabilidade quantitativa das Ectopias ventriculares não foi diferente nos grupos de diferente morfologia topográfica. 2) A duração do QRS dos pacientes com EV septais foi significantemente menor que as laterais.

Eixo Cardíaco

Total de EVs no eixo

Topografia no eixo

Número de EVs

Duração média do QRS (ms)

Anteroinferior

92

Anterior

54

168

Inferior

38

171

Apicobasal

92

Apical

35

174

Basal

57

166

Laterosseptal

92

Lateral

33

175

Septal

59

166

  

 

Constância nas morfologias principais (11 pacientes)

Variação nas morfologias principais (5 pacientes)

Variação de EVs/24h

11 - 9310

6 - 18990

Média ± desvio-padrão

2045 ± 3180

6364 ± 8672

p

0,078

 

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