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Avaliação da mortalidade em um ano de pacientes submetidos à troca valvar mecânica ou biológica em um centro de referência em cardiologia em um país em desenvolvimento durante um período de 11 anos

Amanda Bergamo Mazetto, Marcelo Kirschbaum, Abdalla Hoelz, Paulo Lavitola, Vitor Emer Rosa, Roney Sampaio, Flávio Tarasoutchi
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A doença cardíaca valvular é uma condição prevalente em todo o mundo, levando à necessidade de procedimentos intervencionistas para reparar ou substituir válvulas cardíacas danificadas. A escolha do tipo apropriado de prótese permanece um desafio em alguns casos devido às possibilidades futuras de procedimentos transcateter.

Objetivos: O objetivo do presente estudo é analisar o tipo de prótese mais comumente utilizado no tratamento cirúrgico da troca valvar na posição aórtica ou mitral em pacientes operados em um centro de cardiologia de um país em desenvolvimento.

Métodos: Este foi um estudo observacional retrospectivo baseado no banco de dados de pacientes de nosso serviço no período de 2010-2021 que foram submetidos à cirurgia de troca valvar nas posições aórtica e mitral. Avaliamos a mortalidade em um ano e fatores relacionados. Testes paramétricos apropriados como qui-quadrado e teste t de Student foram realizados, e um nível de significância de p<0,05 foi considerado.

Resultados: Um total de 6.137 pacientes com idade média de 57,5±14,6 anos foram incluídos no estudo, dos quais 3.045 (49,6%) eram do sexo feminino. A prótese biológica foi implantada em 5.640 (91,9%) pacientes. A média de idade do mplante de prótese biológica foi maior do que a de próteses mecânicas (58,5 ± 14,4 anos vs 46,2 ± 11,5 anos, p<0,001). Quando separados por faixas etárias (<40 anos, entre 40 e 60 anos e >60 anos), encontramos uma taxa maior de bioprótese em todos os grupos (81,7%, 88% e 98,3%, respectivamente, p<0,001). A mortalidade geral nessas diferentes faixas etárias foi de 9%, 12,8% e 22%, respectivamente (p<0,001), com maior mortalidade em pacientes que receberam próteses biológicas em comparação com as próteses mecânicas (17,4% vs 12,3% p<0,001).

Conclusão: Nosso estudo encontrou alta prevalência de próteses biológicas, mesmo em
pacientes jovens. Embora a mortalidade tenha sido maior em pacientes com próteses biológicas, também observamos maior mortalidade em pacientes mais velhos que receberam uma taxa maior de bioprótese. 

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