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Fatores de risco cardiovascular e estilo de vida de pacientes hospitalizados por infarto agudo do miocárdio.

Alexia Louisie Pontes Gonçalves, Sérgio Henrique Simonetti, Amanda Silva de Macêdo Bezerra
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: O conhecimento sobre os fatores de risco cardiovascular (FRC) e o estilo de vida dos adultos e idosos hospitalizados por infarto agudo do miocárdio (IAM) pode subsidiar intervenções educativas durante a internação. O objetivo desse estudo foi identificar a prevalência de FRC e descrever o estilo de vida desses pacientes. Métodos: Estudo descritivo, transversal, realizado em hospital-escola de fevereiro a março/2023, com 23 pacientes hospitalizados por IAM. Os FRC de interesse se basearam na Sociedade Brasileira de Cardiologia e foram identificados em prontuário e por meio de entrevista. O estilo de vida foi mensurado por meio do questionário Estilo de Vida Fantástico, que avalia relação com família e amigos, atividade física, nutrição, cigarro e drogas, álcool, sono, cinto de segurança, estresse, sexo seguro, tipo de comportamento, introspecção e trabalho. A pontuação varia de 0 a 100 pontos - excelente (85 a 100), muito bom (70 a 84), bom (55 a 69), regular (35 a 54) e necessita melhorar (0 a 34 pontos). Análise estatística: Os dados foram avaliados por estatística descritiva, por meio de dados absolutos, média, desvio padrão e porcentagens. O projeto foi aprovado por Comitê de Ética e Pesquisa (Protocolo nº 5.896.347). Resultados: Os pacientes tinham idade média de 63,7±13,84 anos, 73,9% do sexo masculino; 69,6% tinham hipertensão arterial sistêmica (HAS), 65,2% tinham dislipidemia e 47,8% tinham diabetes mellitus. O índice de massa corporal (IMC) médio foi de 27,19±5,54 Kg/m2 e as prevalências de sedentarismo, tabagismo e etilismo foram de 95,7%, 30,4% e 13%, respectivamente. Oito pacientes (34,8%) relataram histórico familiar de IAM, 17,4% de morte súbita e 43,5% já haviam tido IAM. O estilo de vida apresentou uma pontuação média de 62,3±11,5 pontos. Conclusão: Apesar da alta prevalência da HAS, dislipidemia, sedentarismo e recorrência de eventos isquêmicos, os pacientes apresentaram bom estilo de vida, de acordo com o questionário Estilo de Vida Fantástico. Esses dados são preocupantes, pois a categorização do estilo de vida como “bom” pode minimizar a preocupação do paciente e do profissional de saúde, desconsiderando FRC relevantes, como comorbidades, histórico familiar ou recorrência de eventos isquêmicos. Sugere-se a investigação detalhada do estilo de vida desses pacientes e de suas crenças compensatórias, a fim de que intervenções direcionadas possam ser implementadas. 

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