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Hipercoagulabilidade no Infarto Agudo do Miocárdio

Luiza Gonçalves Balestrini, Andrey Alves de Faria Silva, Graziela Chequer, Luana Barreto Voordeckers , Milena Lima Loures , Nicoly Guimarães Pereira, Paula Farani Fortes Penna , Raphael Rezende Salles, Andrezza de Oliveira Mendes
Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais - Belo Horizonte - MG - Brasil

INTRODUÇÃO: A trombofilia cursa com desbalanço da coagulação predispondo eventos trombóticos como infarto agudo do miocárdio (IAM). Na doença coronariana aguda, anticoagulantes são utilizados preventivamente, considerando risco para o paciente e idade. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 51 anos, investigando trombofilia. Antecedente de tromboembolismo pulmonar não provocado em 2017 e IAM com supradesnivelamento do segmento ST inferior em 2020, com inserção de stent em terço proximal e médio da coronária direita e introdução de inibidor do fator Xa e antiagregante plaquetário. Admitido em pronto atendimento, três anos depois, com quadro de IAM, confirmado por  eletrocardiograma com supradesnivelamento de segmento ST de morfologia isquêmica de 8mm em XIII e 5mm em DII (sinal da Lápide). Iniciada terapia com Ácido Acetil Salicílico (AAS) e Clopidogrel. Procedeu-se com cateterismo de urgência, identificando oclusão da coronária direita, por grande trombo. Realizada angioplastia primária com aspiração manual do trombo com cateter específico. Paciente evolui com pericardite e bom controle de dor após Colchicina. Recebeu alta hospitalar com proposta de acompanhamento ambulatorial e prescrição de tripla terapia devido à trombofilia e recorrência do IAM: antiagregante, associado a AAS e novo anticoagulante oral direto (NOAC). DISCUSSÃO: As trombofilias hereditárias resultam de mutações nas proteínas da coagulação e configuram alto risco para eventos trombóticos, podendo necessitar de tripla anticoagulação. Assim, escolher um NOAC e não a Varfarina, pode ser atribuída à faixa terapêutica estreita da Varfarina, com labilidade do RNI, além de que para anticoagulação plena, leva cerca de 5 dias. A literatura, apesar de escassa, demonstrou que tratamento e prevenção de trombose com Rivaroxabana e Apixabana nos pacientes de alto risco trombótico, foi efetiva. Observa-se que a taxa de recorrência de eventos trombóticos em pacientes usando Varfarina e em uso de Rivaroxabana e a taxa de sangramento foi similar. Ressalta-se que a maioria dos estudos são inconsistentes, com falta de descrição do RNI dos pacientes, população não rastreada para trombofilias genéticas e nem classificadas como alto ou baixo risco de eventos trombóticos de acordo com o tipo de trombofilia. CONCLUSÃO: NOACS são seguros no tratamento de eventos trombóticos, mas, a literatura é controversa quanto ao tratamento do IAM associado a trombofilia. Ainda não existem diretrizes especificando o medicamento preferencial no tratamento ou prevenção de trombose nesses casos, exigindo maior aprofundamento.

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