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Preditores de eventos cardiovasculares adversos maiores 48 horas após síndromes coronarianas agudas e implicações para alta precoce: Análise dos estudos SECURE-PCI e registro ACCEPT

Lucas tramujas, Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva, Otavio Berwanger, Renato Nakagawa, Thiago Macedo , Dalton Precoma, John H. Alexander, Christopher B. Granger, Renato D. Lopes
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

Fundamento: Avaliar o risco de desfechos clínicos em 30 dias entre pacientes que não apresentaram complicação cardiovascular maior nas primeiras 48 horas após síndrome coronariana aguda (SCA), preditores de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE) e as implicações desses resultados na alta precoce.

Métodos: Tanto o estudo SECURE PCI quanto o registro ACCEPT incluíram pacientes admitidos com SCA (com ou sem elevação do segmento ST). Na atual análise, foram excluídos os pacientes que apresentaram MACE dentro de 48 horas, uma vez que não seriam considerados elegíveis para alta, e aqueles com dados ausentes nas variáveis clínicas basais. A taxa de MACE entre 48 horas e 30 dias foi avaliada na população geral e de acordo com o tipo de SCA e momento da intervenção coronariana percutânea (ICP).

MACE foi definido como o combinado de infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral ou morte. Uma análise multivariada foi realizada para identificar preditores associados aos desfechos clínicos.

Resultados: Dos 9.244 pacientes incluídos em ambos os estudos, analisamos 8.618 (93,2%) pacientes com diagnóstico confirmado de SCA e que não apresentaram MACE em 48 horas. Aos 30 dias, a taxa global de MACE foi de 4,4% variando de 0,9 a 3,9% naqueles submetidos a ICP e de acordo com o tipo de SCA. Não foi observado interação entre ICP em 24 horas e SCA, e no modelo final ajustado sem interação, nessa população, as seguintes variáveis ​​foram associadas ao risco de MACE: ICP em 24 horas (HR 0,43; P < 0,001); Tipo de SCA (Infarto agudo do miocardio com elevação de ST HR 3,24; P < 0,001; Infarto  agudo do miocárdio sem elevação de ST HR 1,97; P < 0,001); Idade (HR 1,19 por incremento de 5 anos; P < 0,001); Diabetes (HR 1,42; P = 0,002) e Tabagismo (HR 1,44; P = 0,003).A taxa global de óbito em 30 dias foi de 2,5%, porém foi de 1,7% entre os pacientes submetidos à ICP em 24 horas e estáveis ​​nas primeiras 48 horas.

Conclusão: Pacientes que apresentaram um episódio de SCA submetidos a ICP nas primeiras 24 horas e que estavam estáveis ​​nas primeiras 48 horas apresentaram baixo risco de MACE em 30 dias. Não houve interação entre ICP e tipo de SCA. ICP nas primeiras 24 horas, tipo de SCA, diabetes e tabagismo foram preditores de MACE nesta população. Além disso, de acordo com esses resultados, é factível considerar alta precoce nesse perfil de pacientes, com provável impacto em custos e economia de recursos.

    Figura 1. Gráfico de floresta avaliando interação entre ICP em 24 horas e tipo de SCA

 

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