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IECA E BRA NO PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA EM PACIENTES EXTUBADOS NO BLOCO CIRÚRGICO: UMA ANÁLISE DA NECESSIDADE DE VASOPRESSORES E DO TEMPO DE PERMANÊNCIA NO CTI.

Ana Carolina Andrade Pinto, Virgínia Guerra Moreira, Mário Castello Branco Coutinho, Érika Vrandecic
Biocor Instituto Rede D’Or - Nova Lima - Minas Gerais - Brasil

ANTECEDENTES: As doenças cardiovasculares representam um problema de saúde pública em todo o mundo (SOUSA-UVA, Miguel; HEAD, Stuart et al. 2018). Apesar das inúmeras alternativas para o tratamento da doença arterial coronariana; a cirurgia de revascularização do miocárdio é uma opção com indicações precisas de médio e longo prazo e com bons resultados. O objetivo deste estudo é auxiliar na definição do protocolo pré-operatório dos pacientes a serem submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio para otimizar o desfecho clínico.

MÉTODOS: Realizado estudo retrospectivo com pacientes de ambos os sexos, acima de 18 anos, com múltiplas comorbidades incluindo doença renal crônica, hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia, hipotireoidismo, doença aterosclerótica do coração, tabagismo, etilismo, arritmia e quantidade de pontes coronárias realizadas que foram submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio isolada e extubados no bloco cirúrgico, encaminhados ao centro de terapia intensiva no pós-operatório imediato, com grupo controle uso de inibidor da enzima de conversão da angiotensina ou bloqueador do receptor de angiotensina e grupo sem uso de inibidor da enzima de conversão da angiotensina ou bloqueador do receptor de angiotensina.

RESULTADOS: Total de 104 pacientes foram incluídos neste estudo, evidenciando um tempo médio de permanência no centro de terapia intensiva de 54 horas, circulação extracorpórea média de 71 minutos e 13% da amostra necessitou de noradrenalina. Não houve evidência de pior desfecho nos pacientes em uso crônico de inibidor da enzima conversa de angiotensina ou bloqueador da renina-angiotensina em relação à necessidade de vasopressor ou aumento na permanência no centro de terapia intensiva.

CONCLUSÃO: O uso de inibidor da enzima conversora de angiotensina ou bloqueador da renina-angiotensina no pré-operatório de pacientes que são submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio oferecem uma proteção contra mortalidade hospitalar. Em nosso serviço não existe protocolo específico sobre suspensão ou manutenção de tais medicações. Foram observados maiores benefícios do que prejuízos no uso de inibidor da enzima conversa de angiotensina ou bloqueador da renina-angiotensina no pré-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio, levando-se sempre em conta a avaliação individualizada com bom senso, para cada paciente melhores resultados com superioridade da qualidade de vida.

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